"Na história, às vezes em nome da fé cristã, recorreu-se à violência. Reconhecemos isso cheios de vergonha", disse o Pontífice na Basílica Santa Maria dos Anjos.
Segundo Bento XVI, "está absolutamente claro que essa [violência] foi uma utilização abusiva da fé cristã, em evidente contraste com a sua verdadeira natureza".
"Vemos a religião como causa da violência inclusive onde a violência é exercida por defensores de uma religião contra os outros. Mas essa não é a verdadeira natureza da religião", defendeu o Papa.
O Pontífice também destacou que, "infelizmente, não podemos dizer que a situação atual se caracteriza pela liberdade e pela paz. Mesmo se a ameaça de uma grande guerra não está em vista, o mundo, todavia, infelizmente está cheio de discórdia".
Em seu discurso, Bento XVI também disse que "a crítica à religião, a partir do Iluminismo, defendeu, repetidamente, que a religião era a causa da violência, o que fomentou a hostilidade contra as religiões. E se a religião motiva, de fato, a violência, é uma coisa que, enquanto pessoas religiosas, devemos nos preocupar profundamente".
Diante disso, o Papa garantiu que "a Igreja Católica não desistirá da luta contra a violência e da sua tarefa pela paz no mundo".
"O Deus no qual nós cristãos acreditamos é o Criador e Pai de todos os homens, a partir do qual todas as pessoas são irmãos e irmãs entre elas e constituem uma única família".
A Jornada, realizada há 25 anos, conta com a participação de delegações católicas, judaicas, de representantes de igrejas orientais, entre outros.
O Repórter
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