Uma das sensações mais temidas pelo homem na terra é a dor.
E aqui queremos nos ater à dor física.
A dor que atinge o corpo físico.
A dor humana.
A dor que irmana a todos. Pois iguala o ser humano de todas as diferenças.
Pois alcança o rico, o pobre. A mulher, o homem. O preto, o branco, o amarelo, enfim...
Ninguém em sã consciência deseja a dor para si mesmo, nem para aqueles a quem ama. Entretanto, torna-se necessária uma maior compreensão sobre o tema.
León Dênis nos afirma em "O Problema do Ser, do Destino e da Dor":
"Tudo o que vive nesse mundo, natureza, animal, homem, sofre,e, todavia, o amor é lei do universo e por amor foi que Deus formou os seres. Contradição aparentemente horrível, problema angustioso, que perturbou tantos pensadores e os levou à dúvida e ao pessimismo".
No que é a mais pura verdade. Constatada por aqueles que se debruçaram sobre o assunto. Contudo, a contradição citada pelo pensador é muito clara. Se a lei do Universo é o amor, por que existe a dor?
"Fundamentalmente considerada, a dor é uma lei de equilíbrio e educação. Sem dúvida, as falhas do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições de nosso destino. O sofrimento não é, muitas vezes, mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas; mas, sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condição do progresso. Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos. É principalmente a esses, a todos aqueles que sofrem, têm sofrido ou são dignos de sofrer que dirijo estas páginas".
Um seríssimo convite à reflexão sobre nossas atitudes hodiernas, mas também às nossas tendências que nos revelam um pouco, equívocos do passado que ainda se deixam transparecer no ser reencarnado.
Epicuro nos convoca à um modo de vida mais sábio, em que possamos na medida do possível, evitar a dor, obtendo o prazer de forma mais simples. Ensina o filósofo em a "Carta a Meneceu":
"Devemos, no entanto, lembrar-nos de que alguns de nossos desejos são dependentes de nossa natureza e outros são vãos, e que, daqueles que são dependentes da natureza, uma parte é necessária, e outra, apenas natural, e finalmente, dos necessários, alguns favorecem a obtenção da felicidade, outros preservam a nossa saúde perturbações, e outros por fim, possibilitam a vida. Observando-se atenciosamente os desejos, aprende-se a tirar proveirto de tudo o que procuramos e de tudo o que evitamos para a saude do corpo e para a tranquilidade do espírito, pois o conjunto dessas duas condições forma a vida venturosa".
Os seguidores da filosofia epicurista aprendem a obter a felicidade com o mínimo que se possa contar.
A dor é tão marcante que até o tempo presente, nos parece durar um pouco mais de acordo com a repercussão da dor.
Ah! E não esqueça, beba muita água. Pedra nos rins, dói muito.
Filósofo com Especialização em Neurociências e Física da Consciência. Professor de Filosofia, Projeto de Vida e Sociologia no Colégio Souza Leão. Narrador e Plantão Esportivo da Rádio Jornal. Recife-PE.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
-
Na obra "O Evangelho segundo o Espiritismo", o codificador da Doutrina Espírita Allan Kardec escreve um comentário (item 8) em rel...
-
Essa aula foi ministrada em 2015, pela professora Lúcia Helena Galvão, na escola NOVA ACRÓPOLE do Lago Sul, em Brasília. Nova Acrópole é...
Nenhum comentário:
Postar um comentário