A cada novo trabalho a banda Café Preto se reinventa. Desta vez, antes de lançar o seu segundo CD, o grupo liderado por Cannibal ao lado do músico e produtor musical PI-R traz um compacto com participação especial da cantora Céu. O vinil saiu pela gravadora carioca Polysom e a versão digital será distribuída pela Deck Disc.
Neste trabalho, a banda inova ao trazer a música “Agua, Fogo, TerraMar”, composta por Cannibal, em duas versões: uma com base e outra só na capela. “Nos anos 70 algumas bandas, principalmente de funk, traziam uma faixa em seus discos só com as vozes para que os DJs produzissem as bases e colocasse encima da gravação” afirma o filho ilustre do Alto José do Pinho.
A música une rap, funk e eletrônico numa roupagem completamente diferente do que a Café Preto já gravou. Na letra, Cannibal narra o amor não correspondido do personagem que é capaz de mover água, fogo, terra e mar para viver essa relação. Para isso, pede ajuda a Oxalá, referência afro-religiosa presente em muitas canções da banda.
A vontade de Céu e Cannibal cantarem juntos é antiga. “Quando compus essa música queria fazer um dueto com uma voz feminina. Enviei três composições para que Céu escolhesse qual gostaria de gravar comigo e ela optou por essa. Foi a nossa primeira parceria” afirma.
O disco foi produzido pelo baterista da Nação Zumbi, Pupillo e a mixagem de Mike Creswell, vencedor da categoria melhor gravação do Prêmio Multishow 2016. Já a masterização ficou por conta de Felipe Tichauer, que acumula em seu currículo 26 indicações ao Latin GRAMMY e ao GRAMMY Americano. A capa é dos designers Haidée Lima e H.D. Mabuse que também assinou o projeto gráfico do primeiro disco da Café Preto.
Café Peto – Segundo Cannibal, mais conhecido por estar à frente da banda de Punk Rock Hardcore Devotos do Ódio há mais de duas décadas, o surgimento do projeto foi natural e não compromete o trabalho junto aos Devotos, que continuam firmes e fortes. “Sempre quis cantar e escrever outras coisas e o reggae sempre esteve muito presente na minha vida”. Inspirado pelo modelo de Sound System - surgido na própria Jamaica.
O nome do projeto surgiu durante uma turnê internacional da banda Devotos. Ao pernoitar na Eslovênia, o garçom perguntou a Cannibal se não desejaria um Black Coffee. O músico gostou da sonoridade das palavras e resolveu batizar assim o projeto. O aportuguesamento do nome aconteceu através de uma conversa informal com Jorge Du Peixe que apostava no bom e brasileiríssimo pretinho básico.
Lançado em 2012, o primeiro disco do grupo, intitulado ‘Café Preto’, já foi apresentado em shows no Rio e em São Paulo, além de diversas cidades pernambucanas. Durante este período, o disco obteve críticas positivas de veículos como Folha de São Paulo, Rolling Stone e Carta Capital.
Ficha Técnica do compacto
- Produzido por Pupillo
- Café Preto
- Cannibal - Voz
Gravado no Maluguim Studio
Pierre - Programação, Roland JX-8p, Korg ex-8000
Eduardo Ferreira - Figurino Cannibal
Renato Filho - Foto
Haidée Lima e H.D. Mabuse - Capa
- Céu - Voz
Gravada no estúdio Muchito
Pupillo - Beats,júpiter 8,Roland SH3A, Arp Odissey
Mike Creswell - Mixagem
Felipe Tichauer - Masterização
Caio Garro - figurino
Eliezer Lopes – Foto

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