Aprendemos com o decorrer dos tempos e com o ensino de nobres pensadores que para se falar de filosofia, mesmo que seja para destacar uma nova filosofia, e que talvez não seja considerada nos meios filosóficos como tal, torna-se necessário mergulhar na história da mesma. O que faremos com a maior alegria, sem o menor tipo de dúvidas. E mais, com o devido respeito aos inúmeros filósofos de todos os tempos. Obviamente que em determinados momentos seremos obrigados a refutar as teses que possam nos afastar do nosso objeto de estudos e análises. Contudo, o faremos dentro de um sistema extremamente raciocinado e proporcionando espaço ao debate.
Talvez soe estranho aos ouvidos acostumados com a então distância entre fé e razão, uma nova perspectiva. Fundamentada na Doutrina dos Espíritos, codificada pelo francês Allan Kardec, pseudônimo de Hypollite Leon Denizard Rivail, no século XIX. Todavia, como necessidade imperiosa para o entendimento neste início de século XXI e também para mais adiante, alargaremos um pouco mais a discussão, levando-se em consideração as novas informações, tanto na própria literatura espírita, quanto nas ciências, A Física Quântica, As Terapias de Vidas Passadas, As EQM’s (Experiências de Quase-Morte) e os novos desafios da sociedade atual e do futuro.
Como antessala do sistema raciocinada que estamos nos propondo a averiguar, citaremos um dos mais respeitados filósofos iluministas.
No item III da introdução de sua obra “Crítica da Razão Pura”, Immanuel Kant afirma:
“Há uma coisa ainda importante que o que precede: certos conhecimentos por meio de conceitos, cujos objetos correspondentes não podem ser fornecidos pela experiência, emancipam-se dela e parece que estendem o círculo de nossos juízos além dos seus limites.
Precisamente nesses conhecimentos, que transcendem ao mundo sensível, aos quais a experiência não pode servir de guia nem de retificação, consistem as investigações de nossa razão, investigações que por sua importância nos parecem superiores, e por seu fim muito mais sublimes a tudo quanto a experiência pode apreender no mundo dos fenômenos; investigações tão importantes que, abandoná-las por incapacidade, revela pouco apreço ou indiferença, razão pela qual tudo intentamos para as fazer, ainda que incidindo em erro.
Esses inevitáveis temas da razão pura são: Deus, liberdade e imortalidade”. ¹
Deus, liberdade e imortalidade. Não é pelos erros de homens do passado e até do presente, que deixaremos para trás temas tão sublimes e de suma importância para compreensão da vida na terra. Não haverá paz nesse planeta enquanto, o próprio indivíduo não tiver a convicção de seu papel nesse orbe.
“Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da humanidade”.²
1 – CRÍTICA DA RAZÃO PURA. IMMANUEL KANT. EBOOKSBRASIL. MARÇO 2001.
2 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. ALLAN KARDEC. TRADUÇÃO DE GUILLON RIBEIRO. FEB. 1944
Filósofo com Especialização em Neurociências e Física da Consciência. Professor de Filosofia, Projeto de Vida e Sociologia no Colégio Souza Leão. Narrador e Plantão Esportivo da Rádio Jornal. Recife-PE.
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