No ano 412 A.C. Hipócrates, considerado o pai da medicina relatava sobre uma doença respiratória que em algumas semanas matou centenas de pessoas na região de Perinthus no norte da Grécia Antiga e depois de algum tempo sumiu. Possivelmente, uma infecção de gripe por Influenza.
Existem descrições deste tipo de doença na corte inglesa, no século XVI, referências a milhares de indivíduos doentes em cidades inglesas, no século XVII, e de uma epidemia, bem documentada, e que ocorreu em 1732 e que foi registrada em Paris, em fevereiro, e em Nápoles, em março, que se espalhou por toda a Europa, pela América através da Nova Inglaterra, seguindo rumo ao sul atingindo o México e o Peru.
Entre 1889 e 1890 um grande surto do vírus H2N2 atingiu a região de Bukhara, atual Uzbequistão. Se expandiu com rapidez tamanha, que três meses depois já atingia Europa, Ásia, África e América. D. Pedro II que nessa época morava em Paris ficou gripado e em seguida a doença virou uma pneumonia que culminou com a sua morte. O número de mortos chegou a um milhão e quinhentas mil pessoas.
Foi, todavia, em 1918 - ao final da Primeira Guerra Mundial - que um novo surto mundial da doença assustou o mundo. A epidemia conhecida como gripe espanhola acometeu cerca de 50% da população mundial e vitimou mais de 40 milhões de pessoas. No Brasil, cerca de 65% da população foi infectada e por volta de 35.240 pessoas morreram. A doença se disseminou rapidamente em função da Primeira Guerra Mundial e do deslocamento de tropas em todo o continente europeu, principalmente. Foi considerada uma pandemia (epidemia de caráter global), pois atingiu os cinco continentes do globo.
A epidemia de 1957-58 (a gripe asiática), que foi responsável por um elevado grau de morbilidade; mais recentemente, em 1968-69, a gripe de Hong-Kong. Nos anos de 1977-78 e 1989-90, verificaram-se também pandemias mas de menor gravidade, embora responsáveis por uma elevada mortalidade nalguns países.
Somente o influenza A pode causar pandemias, pois além de ser o que provoca os piores sintomas em humanos, é o único dividido em subtipos e que pode contaminar tanto homens como animais. Essas peculiaridades lhe permite sofrer mutações radicais e tornar-se um completo estranho para nosso organismo. Os subtipos desses vírus são classificados de acordo com as proteínas de sua superfície - hemaglutinina (HA) e euraminidase (NA).
Por isso, é de extrema importância a existência da Vigilância Epidemiológica Mundial da Gripe, que conta com uma rede de 120 laboratórios em 82 países, inclusive no Brasil.
Esse serviço acompanha os casos da doença no mundo, traça as características dos vírus, além de indicar e incentivar a produção de uma vacina contra a gripe.
A vacinação, atualmente, é o melhor método preventivo contra o vírus influenza e é inclusive recomendada pela OMS.
Por isso, o Ministério da Saúde está realizando uma campanha de vacinação para o próximo sábado em todo o país.
http://blogs.ne10.uol.com.br/casasaudavel/2018/05/08/pe-confirma-3a-morte-de-paciente-com-h1n1-sobe-para-60-numero-de-casos-de-gripe/
https://www.opovo.com.br/jornal/cidades/2018/04/mortes-por-gripe-h1n1-quase-triplicam-no-ceara.html
https://www.opopular.com.br/editorias/cidades/sobe-para-36-n%C3%BAmero-de-mortes-por-h1n1-em-goi%C3%A1s-1.1522235
https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/teresina-sobe-para-29-casos-confirmados-de-h1n1-postos-sao-reabastecidos-com-vacina.ghtml
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2218
http://www.unesp.br/aci/jornal/255/opiniao.php
https://saude.abril.com.br/medicina/gripe-quais-foram-as-maiores-epidemias-da-historia/
http://revistagalileu.globo.com/EditoraGlobo/componentes/article/edg_article_print/0,3916,688139-1718-5,00.html
http://www.rhonline.pt/artigos/sst/2014/12/16/gripe/
Revisão histórica da gripe no mundo e a nova H7N9
Patrick Auerbach, Gleidson Brandão Oselame, Denecir de Almeida Dutra.
Revista de Medicina e Saúde de Brasília ARTIGO DE REVISÃO
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