Umberto Eco foi escritor, filósofo, professor e semiólogo.
Sua obra é fundamental e ainda reverbera nos dias de hoje.
Por Jaiane Souza *
09/02/2021 às 10:03 | *Colaborador
Foto: Cristobal Manuel / NEWSCOM / SIPA
Nasceu em 5 de janeiro de 1932 em Alexandria, na Itália, e
viveu os primeiros anos dentro do regime fascista de Benito Mussolini no país.
Aos dez anos, inclusive, foi vencedor de um concurso de redação que trazia como
gancho a questão: Devemos morrer pela glória de Mussolini e pelo destino
imortal da Itália?. À época, a resposta foi afirmativa, mas, com o fim do
governo de Mussolini, em 1943, ele entendeu o verdadeiro significado de
liberdade.
Durante a carreira acadêmica, se dedicou à literatura e à filosofia na Universidade de Turim, tendo a estética medieval e os textos de Tomás de Aquino como base. A partir de 1962, também passou a realizar estudos sobre semiótica e a sua relação com a filosofia e com obras de arte. Um dos resultados desses estudos é o livro Obra aberta (1962). Em resumo, a coletânea de ensaios passa por literatura, artes plásticas e música, discutindo a capacidade de cada obra ser passível de várias interpretações. Por isso, Obra aberta.
Além disso, lecionou na Universidade de Columbia, Harvard, Yale, Universidade de Toronto, Collège de France e fundou o Departamento de Comunicação da Universidade de San Marino.
Carreira literária
Além de se empenhar na carreira universitária e acadêmica, Umberto Eco colheu bons frutos na literatura. A ficção O nome da rosa foi o pontapé inicial. O romance se passa na Itália medieval, em um mosteiro para o qual um frei vai investigar heresias. Entretanto, crimes e mortes misteriosas mudam o objetivo da investigação. Logo após o lançamento, o livro virou best seller e lançou Umberto Eco internacionalmente como romancista. Assim como outras obras, O nome da rosa é marcado pela ironia característica do autor, narrativa misteriosa, símbolos e codificações.
Outros sete romances foram publicados. Entre eles, o clássico O pêndulo de Foucault, O cemitério de Praga e O número zero. Esse último lançado em 2015, um ano antes da sua morte.
Legado
É muito importante falar da produção das personalidades em
vida. Entretanto, como ela reverbera na sociedade é igualmente fundamental.
Isso porque a memória, o pensamento e discussões nos ajudam a refletir sobre o
passado, o presente e o futuro. No caso de Umberto Eco não é diferente. Ele
deixou um marco internacional no que diz respeito à semiótica nos estudos da comunicação,
filosofia da arte e história da estética. Nesta reportagem do Jornal Nacional,
veiculada um dia após a morte de Umberto Eco, personalidades brasileiras também
comentaram sobre o legado. Entre elas, Nélida Piñon, Mário Sérgio Cortella e
Marcos Vilaça.
Foto: Umberto Eco/ Leonardo Cendamo / Getty Images
https://culturadoria.com.br/cinco-anos-sem-umberto-eco-conheca-o-legado-do-escritor/
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