A cientista
aborda questionamentos de um norte-americano chamado David Frost de 67 anos em
que ele, de início inicia cita algumas perguntas de Albert Einstein em um
seminário:
“Se existe
um Deus que criou todo o universo e TODAS as leis da física, Deus segue as
próprias leis de Deus? Ou Deus pode suplantar suas próprias leis, como por
exemplo, viajar mais rápido do que a velocidade da luz e, assim, ser capaz de
estar em dois lugares diferentes ao mesmo tempo?"
É salutar
informar que mesmo com os questionamentos, Einstein não era (é) ateu. Nas
palavras do filósofo Huberto Rohden, que conviveu com físico, ele era um homem
profundamente religioso sem nenhuma religião.
Podemos iniciar a problemática
supondo que, as leis de Deus não suplantam as possibilidades de Deus. Qualquer
ser humano que tivesse a possibilidade de criar algum tipo de lei, naturalmente
que não a admitiria acima de si mesmo. Portanto, entendo que, estando as leis
abaixo de Deus, não haveria necessidade de derroga-las. Mas, dar cumprimento. Se
Deus estivesse abaixo de suas próprias leis, já não seria Deus. Poderia até seu
um deus.
Prossegue agora a cientista meditando,
com muita propriedade, mas com pouca profundidade sobre os eventos trágicos,
pandemias e a inevitável pergunta; se existe um Deus misericordioso, por que
uma catástrofe como esta está acontecendo?
A pouca profundidade a que me refiro
no parágrafo anterior nos remete à pluralidade das vidas, o que nos dirige além
das estruturas terrenas e seus pensamentos materiais. A compreensão mais
dilatada acerca do Ser e sua história ajudará os descrentes a desatar o ”nó”.
Mais uma abordagem inteligente da
cientista; “Se Deus não fosse capaz de infringir
as leis da física, provavelmente não seria tão poderoso quanto você esperaria
que um ser supremo fosse. Mas se fosse capaz, por que não vemos nenhuma
evidência de que as leis da física foram infringidas no Universo”?
É interessante perceber que alguns
cientistas falam da ciência como se a mesma fosse uma obra pronta e totalmente
compreendida pelo homem. E como se a cada dia não houvesse uma nova descoberta.
Salve Karl Popper!
Algumas considerações sobre a Física
Quântica, que ao invés de afastar de um entendimento universal, muito pelo
contrário passa a nos fornecer respostas que não tínhamos antes. Lembrando que
o processo de compreensão da FQ ainda está em andamento. Estamos em pleno
início.
A pesquisadora disserta sobre as
partículas táquions e sua possível viagem acima da velocidade da luz. Mas,
também aborda a improbabilidade sua existência, como também o fato de que, se
existissem teriam uma massa imaginária e o tecido do espaço-tempo ficaria
distorcido, levando a violações de causalidade e segundo a autora, uma possível
dor de cabeça para Deus.
Bem, uma ironia fina sempre é
saudável. Faz com que observemos a vida de forma mais leve. Entretanto, devo
afirmar que esta dor de cabeça não cabe a Deus. Aliás, uma das nossas maiores
dificuldades é sempre imaginá-Lo sob uma morfologia que teimamos em impor. O
que não nos ajuda em um estudo mais sério sobre assuntos Divinos. Inclusive, o
site brasileiro comete este equívoco ao postar na matéria a imagem de um Deus
humanizado. Entretanto, entendemos. Faz parte de nossa cultura materializarmos
para compreendermos. Também acontece nas religiões.
É uma confusão muito grande quando
pensamos assim, pois a cada passo que a ciência avança nos dá a impressão que
Deus também estava inocente sobre o assunto. O que não é verdade. O que é
novidade para nós, não o é para a Divindade.
Esta possível “violação de causalidade”
está dentro dos parâmetros confirmados pela “nossa” ciência, mas não
necessariamente por Deus. O que conhecemos como “causa” ainda é muito restrito
em relação às verdadeiras Causas.
Em relação à pergunta-título, "A ciência é capaz de comprovar a existência de Deus?" . Nossa resposta é "Ainda não". Pelas limitações de nossa ciência. Todavia, a nossa ciência não pode provar a inexistência de Deus.
Continuaremos esta empolgante leitura
mais adiante. O debate é primordial para nossas futuras convenções.
Paz e luz!
A matéria na BBC:
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