A Ceroula foi fundada por cinco amigos apaixonados pela Folia de Momo, em 1962, e surgiu para concorrer com o Pijama, outra troça muito famosa na época. A ideia inicial era sair às ruas de cueca durante o Carnaval. "Existia a Turma do Pijama e a gente queria fazer um negócio parecido. Naquela época, algumas coisas eram proibidas pela censura. Não podíamos sair de cueca, daí veio a ceroula", contou em entrevista ao Jornal do Commercio para o especial de Carnavais Saudosos, publicado em janeiro de 2018, Antônio Aurélio Sales, o Cabela, que faleceu poucos meses depois.
A Ceroula começou pequena como uma agremiação de amigos, de familiares e com o passar do tempo foi agregando diversos foliões que se identificavam com a troça. Em 1969, ano em que os norte-americanos Michael Collins, Buzz Aldrin e Neil Armstrong foram à lua, Milton Bezerra de Alencar, compôs o Hino da Troça. A composição logo caiu no gosto do povo, o que transformou o hino da Ceroula em um dos mais executados do carnaval pernambucano e ajudou a trazer para a troça inúmeros aficionados.
É lindo ver o enorme cortejo ceroulense descendo a Rua 15 de novembro, conhecida como a ladeira da prefeitura, no sábado de carnaval, cantando: “Eu vou este ano à lua, não é privilégio foguete já tem. Eu quero ver se o carnaval de rua, Collins, Aldrin e Armstrong, falam que vai bem. Eu quero ver se tem troça que escolha, como em Olinda que tem a Ceroula, mas se tiver para mim é legal, passarei lá na lua todo o carnaval”.
Ceroula também é renovação
A partir de 1987, Ceroula passou a aderir uma ala feminina, saindo a cada 5 anos, e em meados dos anos 2000 as mulheres passaram a abrilhantar anualmente o nosso cortejo. Hoje é dia de festa... Ceroula faz 60 anos! Na data de hoje (05/01) a troça está celebrando os seus 60 anos, por conta dos protocolos governamentais e da pandemia da Civid-19, realizaremos apenas uma singela homenagem com queima de fogos no Alto da Sé, pela manhã, e com um encontro noturno restrito a diretoria e convidados.
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