Rafael Motta
Já parou para pensar como seria incrível se existissem tratamentos eficazes contra doenças como Parkinson, Alzheimer ou Esclerose? Um estudo dirigido pela Universidade de Lausanne, na Suíça, pode ser a luz no fim do túnel para o drama de muitas famílias ao redor do mundo.
O time por trás da pesquisa descobriu uma célula que é um híbrido entre um nêutron e um astrócito – uma célula não neuronal que é essencial para proteger e dar suporte de neurônios no cérebro e na medula espinhal.
Essas células híbridas são capazes de produzir um neurotransmissor conhecido como glutamato. De maneira resumida, ele é o responsável pelo nível de agitação celular dos neurônios.
Andrea Volterra, autora sênior do artigo, disse que a descoberta deste híbrido abre caminhos para explorar o potencial protetor deste tipo de célula, o que poderia revolucionar os tratamentos e remédios utilizados para combater doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Os astrócitos são responsáveis por manter o glutamato sob controle no sistema nervoso central. Isso significa que sua função é crucial no perfeito equilíbrio das funções neuronais e cerebrais do corpo.
Assim que os astrócitos são liberados, eles liberam o glutamato, o que afeta a forma como os neurônios se comunicam. A questão é que os cientistas, até então, não sabiam de que forma essa liberação ocorria. Volterra, por outro lado, alega ter uma visão mais clara sobre o tema.
Ludovic Telley, coautor do estudo, acrescentou:
Também identificamos outras proteínas especializadas nessas células, que são essenciais para a função de (transportar o glutamato para fora) e sua capacidade de se comunicar rapidamente com outras células.
O Mal de Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais conhecidas do mundo e ela não tem cura; apenas tratamentos que buscam reduzir o desconforto e o sofrimento dos pacientes.
Ter um hobby pode aumentar a sua expectativa de vida
Estas e tantas outras enfermidades, como o distúrbio bipolar, são normalmente associadas aos astrócitos; estudos como esse podem trazer respostas mais claras a respeito do funcionamento celular do cérebro humano e levar a tratamentos que possam solucionar o problema de uma vez por todas – pelo menos em alguns casos.
Entretanto, é importante mencionar que os estudos ainda são preliminares e foram conduzidos por meio de testes com camundongos. Ainda se faz necessário validá-lo em testes com humanos para comprovar sua eficácia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário