sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A Cólera - Como evitar?

        -     O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. Que sucede então? Entregai-vos à cólera.

Assim inicia "Um Espírito protetor" inicia a mensagem que consta do item 9, capítulo 9 de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Uma verdadeira abordagem psicológica sobre alguns dos motivos que nos leva a encolerizar-nos.

Em um verdadeiro retorno às eras animalescas, o homem se atira à fúria, muitas vezes por motivos fúteis, em que ele mesmo quando para e pensa, se arrepende do ocorrido.

Percebe então que deixou para trás uma oportunidade de pensar, refletir e agir de forma diferente.

Nos fala Joanna de Ângelis em "Desperte e seja feliz":

     -     Herança da natureza animal predominante no ser humano, a tendência ao litígio, à competição, à dissensão torna-se, a pouco e pouco, com essa característica do primarismo de que não se libertou, agressiva e hedionda.

Dissentir é, muitas vezes, uma atitude saudável, quando não se está de acordo por uma ou outra razão. No entanto, transformar a sua discordância em motivo de litígio é injustificável, somente compreensível por tratar-se de remanescente da inferioridade moral do opositor.

A fim de manter o seu "Ponto de vista", o litigante não raro, urde mecanismo de violência, recorrendo à calúnia, à infâmia, à agressão inqualificável.

Quantas vezes, percebemos pessoas que abandonam a calma, por um instante de incômodo. Se conseguir segurar o ímpeto que irrompe do que o ser possui de mais irracional.

Tivemos uma oportunidade de viver uma determinada situação no nosso trabalho de apresentador de rádio. Entrevistamos uma determinada pessoa, que até estava mantendo um nível equilibrado, quando em determinado momento fiz uma pergunta, em que visivelmente ele se alterou e respondeu de forma grosseira.

Continuamos com a entrevista abordando outros assuntos, como se nada tivesse acontecido.

Depois, vim a saber que o tema perguntado, afligia diretamente o entrevistado pois acarretava em prejuízo financeiro para ele. Daí vem a pergunta; o que o entrevistador tinha a ver com a situação?
Dava para responder de forma equilibrada?
Dava.
Só que ele misturou as emoções e vomitou na pessoa que o estava entrevistando.

Imaginemos a carga energética vinda nesse instante.
O entrevistador não aceitou a carga.
Mas, não agiu com revide. Não aderiu à onda mental enviada.
Pelo contrário, abordou outras questões e finalizou a entrevista de forma pacífica.

É fácil deixar de reagir?
Não, não é fácil. O primeiro pensamento ainda é aquele de usar a mesma moeda. De contra-atacar.
Se vingar.
Aí onda entra a reflexão.
Aonde vai lhe levar uma explosão de sentimentos?
Talvez a uma situação em que possa se arrepender no futuro.

Continuaremos essa abordagem...


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