É natural que todo jogador de futebol acalente o sonho de vestir a camisa da seleção nacional. Mas alguns, acabam vestindo as cores de outro país. A nação-sede da Copa do mundo de 2022, o Catar, já teve brasileiros defendendo o seu selecionado.
Quatro atletas brasileiros se naturalizaram mas nem todos atuaram com a camisa da seleção do Catar.
O atacante pernambucano Araújo que iniciou sua carreira no Central, passando pelo Porto, Goiás, Shimizu, Gamba Osaka, Cruzeiro, Al-Gharafa (quando foi eleito craque da liga do Catar), Fluminense, Náutico e Sete de Setembro também chegou a conquistar a dupla nacionalidade, concedida pelo próprio príncipe do país, mas a FIFA o impediu de vestir a camisa da seleção asiática, pois o atacante chegou a fazer antes disso três partidas pela seleção brasileira. Era um investimento do país para chegar à Copa da África do Sul em 2010.
Rodrigo Tabata, 41 anos, meia paulista de Araçatuba iniciou a sua carreira no Paulista de Jundiaí, passando em seguida por São Bento, Santo André, Inter de Limeira, Ferroviária, Treze, Ceará, XV de Piracicaba, Campinense, América-RN, Goiás, Santos, Gaziantepspor, Besiktas, até chegar ao Al-Rayyan de Doha em 2010, onde passou 4 temporadas, se transferindo em seguida para o Al-Saad (atual bicampeão). Daí ficou dois anos, retornando por 6 períodos no clube anterior, retornando ao Saad em 2019. Chegou à seleção em março de 2016, disputando 10 jogos pelas eliminatórias para a Copa de 2018 e 7 amistosos, inclusive marcando um gol contra o Iraque, na vitória por 2 x 1 e mais um na Tailândia (3 x 0), ambos em agosto de 2016. Sua última partida pelo selecionado aconteceu no dia 13 de junho de 2017 na vitória em cima da Coreia do Sul por 3 x 2. Mesmo assim, o atleta ainda sonha em disputar a Copa pelo Catar.
O carioca de Nova Iguaçu Emerson Sheik, ex São Paulo, Flamengo, Fluminense, Corinthians, Botafogo e Ponte Preta atuou no Japão, França e Emirados Árabes Unidos. Mas vestiu a camisa do Al-Saad do Catar e despertou a atenção do comando técnico da seleção nacional. Jogou uma partida em março de 2008, pelas eliminatórias para a Copa da África do Sul, vencendo o Iraque por 2 x 0. Inclusive com os dois gols sendo marcados por Montezini (outro brasileiro naturalizado Catari).
O paranaense de Londrina, Fábio César Montezini foi o primeiro dos brasileiros a vestir a camisa do país asiático. O jogador iniciou sua carreira no final dos anos 90 nas divisões de base do São Paulo. Saiu do país para jogar na República Tcheca no Plzen. Em 2001 se transferiu para o Napoli ficando até 2004. No ano seguinte atuou ainda na Itália, pelo Avellino. Em seguida, muda-se para Doha, onde passa a jogar pelo Al Arabi SC. Na temporada seguinte vai defender o Umm-Salal onde permanece até 2010. Vai para o Al-Rayyan, onde fica por três anos. Retorna ao Salal, jogando até 2015. Em 2008, quando estava em seu segundo ano pelo Umm-Salal foi convidado a se naturalizar Catari e vestir a camisa da seleção. O que realizou por 22 vezes. Sendo 19 pelas eliminatórias asiáticas para as Copas de 2010 e 2014, Marcando dois gols pelas eliminatórias de 2010 em uma vitória sobre o Iraque por 2 x 0 e dois pela Copa Asiática de 2011. Sendo um na China na vitória por 3 x 0 e um no Japão na derrota por 3 x 2.
O atleta reside no Catar e nesta entrevista concedida em janeiro deste ano ao repórter italiano Dundar Kesapli fala sobre a expectativa para a Copa de 2022 e antes da repescagem europeia afirma que seria uma pena a Itália não ir ao evento. O que acabou acontecendo com a eliminação da Azurra para a seleção da Macedônia. .
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