quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Por Tagore

Tão frágil...
e embebeda o mundo
com ânforas de mentiras!

Tão rápido...
e enlouquece o homem
com promessas irreais!

Tão diáfano...
e envolve a alma
com fitas de traição!

Tão insustentável...
e consegue manter
esperanças impossíveis!

Tão insaciável...
e conserva semblante
de impossível satisfação!

Tão impiedoso...
e sorri com benignidade! 

Pobre alegria dos desgraçados,
Por que te chamam, tão injustamente,
prazer?

Divaldo Pereira Franco
Espírito Tagore
Livro - Filigranas de luz

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