Um monge e seus discípulos iam por uma estrada; quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. Imediatamente, o monge correu pela margem do rio, entrou na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o escorpião o picou.
Devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então que o monge pegou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, mais uma vez, colheu o escorpião e o salvou.
Satisfeito, o monge voltou à ponte e juntou-se a seus discípulos. Eles, que haviam assistido à cena, o receberam perplexos e penalizados. Um deles, então falou:
– Mestre, deve estar doendo muito! Mas, porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos. Veja como ele retribuiu à sua ajuda. Picou a mão que o salvava. Não merecia a sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu sereno:
– Ele agiu conforme a sua natureza e eu de acordo com a minha.
Esta pequena parábola nos faz refletir sobre a melhor forma de compreendermos e aceitarmos as pessoas. Não podemos, e nem temos o direito, de mudar o próximo, transformando-o em nossa cópia.
Porém, podemos melhorar nossas próprias ações e reações perante nossos semelhantes, com muito amor e respeito, e certamente, esse é o maior investimento que deixaremos para as gerações vindouras.
Hoje, temos a certeza de que “nosso sonho”, de um mundo melhor, mais justo e fraterno, jamais terá fim, pois, quando um sonho torna-se coletivo, não temos o direito de abandoná-lo, e como sonhadores, ousamos imaginar um mundo onde as pessoas não ajam de maneira passional ao verem seus semelhantes abandonados, enclausurados e infelizes, dentre tantas outras injustiças e crueldades.
Sonhamos com um mundo, onde todas as pessoas sejam julgadas pelo conteúdo de seu caráter, e não pela cor de sua pele, etnia, classe social ou credo. É dever de todos nós, colaborarmos para que todos tenham a oportunidade de serem felizes. Esse é o principal propósito dessa organização e nos alimentaremos dos sorrisos de todos aqueles que comprovarão seu sucesso, em cada pequena batalha vencida, pois, se há algo que construímos de bom nesta vida é o bem que fazemos ao próximo, principalmente, aos menos favorecidos, abandonados e infelizes.
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