Filósofo com Especialização em Neurociências e Física da Consciência.
Professor de Filosofia, Projeto de Vida e Sociologia no Colégio Souza Leão. Narrador e Plantão Esportivo da Rádio Jornal. Recife-PE.
Neste sábado (28), a Universidade Salgado de Oliveira (Universo) abre as portas para a população durante o dia de ação social, iniciativa do projeto Universo Social. Os atendimentos serão nas áreas de saúde, jurídica e bem-estar, das 8h ao meio-dia, em parceria com a Clínica SiM, Tribunal De Justiça de Pernambuco (TJPE), Celpe, Compesa, Núcleo de Assistência as Pacientes Hepáticos (Naphae) e Secretaria de Saúde de Pernambuco.
Na programação estão previstos os serviços de emissão da Certidão de nascimento, casamento e óbito; teste de hepatite; aferição de pressão; teste de glicemia; emissão de 2° via de contas da Compesa e Celpe, além de negociação de débito, inscrição de tarifa social e troca de titularidade e solicitação de ligação. A ação contará também com orientação jurídica e conciliação de conflitos; abertura de procedimentos pré-processuais com distribuição automática para os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC’s) do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
De acordo com o diretor geral da Universo, Ubirajara Tavares, essas ações tem como objetivo aproximar a universidade da população e comunidades do entorno, além de ser um facilitador desses serviços básicos.“Em paralelo aos serviços prestados à sociedade, as atividades fazem parte dos trabalhos de extensão dos alunos aproximando-os também da comunidade. Um forma de unir a parte acadêmica e exercitar a solidariedade”, explica.
Ainda na programação, o público contará com orientação nutricional ministrada pelos estudantes do curso de Nutrição, e palestra sobre Riscos de adoecimento e agravos no cotidiano que abordará temas como automedicação, postura e queda, com os estudantes de fisioterapia. E por fim, em prol da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, a Universo – em parceria com a Secretaria de Saúde de Pernambuco – disponibilizará um local para vacinação. Confira abaixo o público prioritário e para que serve.
Quem tem prioridade para se vacinar gratuitamente?
- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;
- Gestantes;
- Puérperas, ou seja, mulheres que deram a luz (até 45 dias após o parto);
- Trabalhador de saúde;
- Povos indígenas;
- Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;
- População privada de liberdade, o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas;
A exposição “1817 – Revolução Republicana”, que marcou os 200 anos do movimento libertário que fez de Pernambuco uma república independente da Coroa Portuguesa, chega a Caruaru, no Agreste do Estado. Uma versão itinerante da mostra promovida pelo Museu da Cidade do Recife será exibida a partir do dia 26 de abril – e segue até 5 de junho – na galeria Zé Galdino, no Sesc da região, localizado na Rua Limeira Rosal, s/n, no bairro de Petrópolis.
Essa é a segunda parada da mostra, a primeira foi em Petrolina, em janeiro deste ano. Após Caruaru, a exposição itinerante segue para Vicência, na Zona da Mata do Estado, e depois Campina Grande, na Paraíba. A entrada é gratuita.
Em um momento da exposição dedicado às bandeiras - a bandeira da revolução pernambucana e outras que inspiraram o processo republicano -, o visitante é convidado a criar e expor a sua própria bandeira. No local, há cartolina e lápis de cor para a empreitada e um varal para que a obra seja colocada. "A ideia é que cada um faça sua bandeira e exponha suas ideias revolucionárias", explica a diretora do museu, Betânia Corrêa de Araújo.
A exposição
Há 200 anos, Pernambuco viveu um momento único na história do Brasil, quando fez uma revolução e, durante 75 dias, viveu uma república à parte, livre da Coroa portuguesa. Para lembrar o bicentenário histórico e revisitar o processo libertário, o Museu da Cidade do Recife (MCR), em parceria com o Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), inaugurou em 2017 a exposição "1817 - Revolução Republicana". A exposição ficou em cartaz durante um ano no museu, localizado no Forte das Cinco Pontas, um dos locais emblemáticos da própria revolução.
A exposição é dividida em cinco eixos e possui mediadores para receber escolas e espectadores em geral. Abrindo a visitação, a sala "Revoluções" mostra, através de textos e imagens históricas, o cenário que fez ebulir os ideais revolucionários. O ponto de partida é uma projeção com os nomes dos 150 homens presos no Forte de São Tiago das Cinco Pontas. A pesquisa aborda os ideais que moveram as revoluções em vários cantos do mundo, como a Revolução Francesa, a independência dos Estados Unidos e outras ações libertárias na América. "É uma exposição de ideias", define a diretora do MCR e organizadora da exposição, Betânia Corrêa de Araújo.
"A revolução foi a ideia e também a concretização, única, da separação da coroa portuguesa. O movimento teve a ideia de romper o status quo vigente", afirma o historiador e professor Sandro Vasconcelos, um dos autores da narrativa histórica da exposição ao lado do também professor e historiador Marcus Carvalho e do pesquisador e historiador Mateus Samico.
Serviço
1817 – Revolução Republicana Quando: De 26 de abril a 5 de junho Onde: Galeria Zé Galdino, no Sesc Entrada gratuita.
Templo de Hera. Foto: AnLe / Shutterstock.com
Grande parte dos historiadores convencionaram entender que a Grécia Antiga passou por quatro grandes períodos:
Período Homérico - séculos XI-VIII a.C.
Período da Grécia Arcaica - séculos VIII-V a.C.
Período Clássico - séculos V-IV a.C.
Período Helenístico - séculos IV-II a.C¹.
É justamente na primeira era desta subdivisão que concentraremos as nossas atenções. O Período Homérico. Falar de Homero não é tarefa simples. Não se sabe precisamente quais são as datas de seu nascimento e de sua morte. O historiador e geógrafo Heródoto afirma que ele teria vivido 400 anos antes de seu tempo, o que daria algo em torno de 850 a.C. e a data estimada da Guerra de Tróia (1194-1184 a.C.)². O que convenhamos dá uma boa diferença entre as duas datas. Mais de trezentos anos. É essencial, compreender que Homero é, antes de tudo, um tipo de poema, uma escrita, uma forma, e não um indivíduo.
Nesta época, surgiu o alfabeto grego. É Homero que funda a língua grega com dois poemas épicos excepcionais. Que se tornariam as primeiras fontes literárias gregas e do Ocidente como um todo: A Ilíada e a Odisséia.
A Ilíada é um conjunto de quase 16 mil versos, divididos em 24 cantos, que trata dos últimos instantes da Guerra de Tróia. A Odisséia é um poema com mais de 12 mil versos tratando do retorno dorei Odisseu, ou Ulisses para sua casa em Ítaca.
Esse período coincide com a chamada Primeira Diáspora Grega , em que aconteceram as invasões de povos dórios, que motivaram um grande deslocamento de grupos de pessoas da Grécia Continental para a Ásia Menor e as ilhas do Mar Egeu¹.
Algumas características importantes desse período, o povo grego ainda não tinha uma identidade formada, a não ser pelo fato de utilizarem o mesmo idioma (o grego) e de apresentarem influências de povos dórios, jônios, eólios e aques (os povos indo-europeus). A miscigenação desses povos levou a algumas transformações interessantes que nos servem de base para uma análise do período, compreendendo-o como uma época caracterizada por uma organização em torno de uma sociedade rural e autosuficiente, denominada Genos - decorrendo daí, o termo comunidade gentílica.
Afirma Freitas Neto³ que "no sistema gentílico havia a propriedade coletiva da terra e os membros do clã (ou genos) trabalhavam conjuntamente e obedeciam a um líder, o páter. Para se protegerem, os diversos genos formavam uma frátria. Várias frátrias compunham uma tribo e a posição social de cada pessoa dependia do grau de parentesco com o páter-famílias".
Esse sistema entrou em gradativo colapso em função de vários fatos: pobreza do solo, o que dificultava a sua principal atividade, a agricultura. Disputas pelas terras férteis pelos mais diversos grupos, surgimentos de grupos sociais diferentes, como os proprietários, os não proprietários e os comerciantes.
Com esses fatores, a sociedade grega vai se expandindo geograficamente, buscando outras áreas para sua sobrevivência. O que vai culminar com o Período Arcaico.
Fontes:
1 - Introdução à Filosofia Antiga. Braga, Junior. Lopes, Luis Fernando. Curitiba: Intersaberes, 2015.
2 - Estética e Filosofia da Arte. Noyama, Samon. Curitiba: Intersaberes, 2016.
3 - História geral e do Brasil. Freitas Neto, José Alves de. Tasinafo, Célio Ricardo. São Paulo: Harbra, 2016.
Aprendemos com o decorrer dos tempos e com o ensino de nobres pensadores que para se falar de filosofia, mesmo que seja para destacar uma nova filosofia, e que talvez não seja considerada nos meios filosóficos como tal, torna-se necessário mergulhar na história da mesma. O que faremos com a maior alegria, sem o menor tipo de dúvidas. E mais, com o devido respeito aos inúmeros filósofos de todos os tempos. Obviamente que em determinados momentos seremos obrigados a refutar as teses que possam nos afastar do nosso objeto de estudos e análises. Contudo, o faremos dentro de um sistema extremamente raciocinado e proporcionando espaço ao debate.
Talvez soe estranho aos ouvidos acostumados com a então distância entre fé e razão, uma nova perspectiva. Fundamentada na Doutrina dos Espíritos, codificada pelo francês Allan Kardec, pseudônimo de Hypollite Leon Denizard Rivail, no século XIX. Todavia, como necessidade imperiosa para o entendimento neste início de século XXI e também para mais adiante, alargaremos um pouco mais a discussão, levando-se em consideração as novas informações, tanto na própria literatura espírita, quanto nas ciências, A Física Quântica, As Terapias de Vidas Passadas, As EQM’s (Experiências de Quase-Morte) e os novos desafios da sociedade atual e do futuro.
Como antessala do sistema raciocinada que estamos nos propondo a averiguar, citaremos um dos mais respeitados filósofos iluministas.
No item III da introdução de sua obra “Crítica da Razão Pura”, Immanuel Kant afirma:
“Há uma coisa ainda importante que o que precede: certos conhecimentos por meio de conceitos, cujos objetos correspondentes não podem ser fornecidos pela experiência, emancipam-se dela e parece que estendem o círculo de nossos juízos além dos seus limites.
Precisamente nesses conhecimentos, que transcendem ao mundo sensível, aos quais a experiência não pode servir de guia nem de retificação, consistem as investigações de nossa razão, investigações que por sua importância nos parecem superiores, e por seu fim muito mais sublimes a tudo quanto a experiência pode apreender no mundo dos fenômenos; investigações tão importantes que, abandoná-las por incapacidade, revela pouco apreço ou indiferença, razão pela qual tudo intentamos para as fazer, ainda que incidindo em erro.
Esses inevitáveis temas da razão pura são: Deus, liberdade e imortalidade”. ¹
Deus, liberdade e imortalidade. Não é pelos erros de homens do passado e até do presente, que deixaremos para trás temas tão sublimes e de suma importância para compreensão da vida na terra. Não haverá paz nesse planeta enquanto, o próprio indivíduo não tiver a convicção de seu papel nesse orbe.
“Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da humanidade”.²
1 – CRÍTICA DA RAZÃO PURA. IMMANUEL KANT. EBOOKSBRASIL. MARÇO 2001.
2 – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. ALLAN KARDEC. TRADUÇÃO DE GUILLON RIBEIRO. FEB. 1944
Um dos casamentos mais badalados de 2018 acontecerá no dia 19 de maio, no castelo de Windsor, Inglaterra. O príncipe Harry 33 anos, se unirá em matrimônio à ex-atriz americana Meghan Markle, 36 anos (foto).
O casal ganhará um título de nobreza. Provavelmente o de duque e duquesa de Sussex. Entretanto, estarão distantes do trono de Rei e Rainha da Inglaterra.
Existe uma linha sucessória que deve ser obedecida de acordo com os acontecimentos.
Confira:
1. Príncipe Charles
69 anos de idade. Quando sua mãe é dona do recorde de monarca que mais tempo passou no trono, o prêmio de consolação é o recorde de príncipe que mais tempo esperou para ser coroado rei. Charles dedica sua vida a suas paixões: diálogo entre as religiões e desenvolvimento sustentável.
2. Príncipe William
O duque de Cambridge está assumindo mais compromissos oficiais depois de parar de trabalhar como piloto de um helicóptero-ambulância, no ano passado. Com a rainha em idade avançada e o Príncipe Philip aposentado, é hora de o segundo da linha de sucessão assumir seu lugar nas funções oficiais da família real. Ainda neste mês de abril o duque e a duquesa (Kate Middleton) de Cambridge terão o terceiro filho, o que vai empurrar o quinto (Harry) na linha de sucessão – e todos os que vêm depois dele – uma posição para baixo.
3. Príncipe George
O nascimento de George, em julho de 2013, causou grande comoção: o primeiro filho de Kate e William um dia será o rei da Inglaterra. Quando o nascimento foi anunciado, o mundo inteiro ficou azul, inclusive as cataratas do Niágara. O príncipe de quatro anos começou a estudar na Thomas's Battersea, em Londres, em setembro passado.
4. Princesa Charlotte
A princesa Charlotte nasceu em 2 de maio de 2015, provocando uma enorme confusão do lado de fora do hospital – os jornalistas estavam aguardando notícias. Em 8 de janeiro, Charlotte começou a frequentar a Willcocks Nursery School, provando que as crianças da realeza crescem rápido mesmo!
5. Príncipe
Em 23 de abril de 2018, nasce o terceiro filho de William e Kate.
6. Príncipe Harry
O ruivo mais famoso do mundo não precisa de apresentação. Depois de anos procurando seu lugar na família real, Harry encontrou seu nicho, trabalhando em questões ligadas a veteranos de guerra – ele próprio é veterano -- e saúde mental. Em maio, Harry deixará de ser o solteiro mais cobiçado do mundo: ele vai se casar com a ex-atriz americana Meghan Markle.
O que exatamente faz a rainha da Inglaterra?
Primeiro, ela não é apenas rainha da Inglaterra: ela é a rainha de todos os quatro países do Reino Unido e de outros 15 países Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Antigua, Bahamas, Barbados, Belize, Grenada, Ilhas Salomão, Jamaica, Papua, San Kitts, Santa Lucia, São Vicente e Grenadinas e Tuvalu.
No Brasil é comum dizermos que ela é a chefe de Estado. Isso significa, na prática, que ela é responsável pela declaração de guerra e celebração de paz, que só ela pode autorizar o uso das forças armadas dentro de seu próprio reino, que é ela quem pode convocar o Parlamento e dissolve-lo, escolher o primeiro-ministro e todo o resto do gabinete de governo. Também é só ela quem pode sancionar os projetos de lei, conceder indulto e graça aos condenados, reconhecer a existência de novos países, assinar tratados internacionais em nome de seu reino, e conceder honras (tornar alguém duque, conde, lorde etc).
Tudo isso é chamado de prerrogativas reais. Imagine um mundo no qual o soberano tem todos os poderes possíveis e imagináveis. Um poder absoluto. Agora imagine um mundo democrático no qual o parlamento, as tradições etc restringiram – através de guerras civis, por costumes, decisões legais ou de forma negociada – esses poderes do rei. O que sobrou daquele poder absoluto é o que é chamamos de prerrogativas reais. É esse o poder que a rainha tem.
Mas isso quer dizer que a rainha é quem de fato toma essas decisões? É ela quem escolhe quem vai virar lorde ou quando declarar uma guerra (como a das Malvinas, em 1982, por exemplo)? Não. Desde 1688, quando o rei James II perdeu a chamada Revolução Gloriosa para o Parlamento, tudo o que o rei faz é através de ‘recomendações’ do gabinete que comanda o Parlamento britânico. Funciona assim:
Os cidadãos elegem os membros da Casa dos Comuns (a câmara baixa do Parlamento britânico que, apesar do nome, é a mais importante). Esses parlamentares ‘recomendam’ ao soberano o nome de alguns dentre seus membros (uma recomendação que é sempre aceita) para que formem um gabinete que irá comandar o reino em seu nome. Daí pra frente, todas as decisões são de fato tomadas pelos membros do gabinete (primeiro-ministro e outros) em nome da rainha. Por exemplo, se um novo país (como o Sudão do Sul, em 2011) precisa ser reconhecido pelo Reino Unido, o primeiro-ministro ‘recomenda’ e a rainha aceita sua recomendação.
Da mesma forma, se o Parlamento aprova um projeto de lei, a rainha sempre o sanciona (o transforma em lei), porque foi uma recomendação do Parlamento. E quando é necessário dissolver a Casa dos Comuns para convocar uma nova eleição, isso também é feito através de uma ‘recomendação’ do primeiro ministro. Enfim, em termos de gerir o país, a rainha não decide nada de fato, embora esse direito ainda pertença a ela, em teoria.
E se a rainha se recusar a acolher uma recomendação? Bem, desde 1708 não houve nenhuma recusa do soberano de seguir as ‘recomendações’ do Parlamento ou de seu gabinete e é muito pouco provável que haverá alguma no futuro. Mesmo que seja uma lei para terminar com a monarquia. Mas ela sancionaria uma lei para por fim ao seu próprio reino?
Muito provavelmente.
Mas e se ela se recusar a aceitar as 'recomendações'? Bem, a Revolução Gloriosa, que transferiu o poder do soberano para o Parlamento em 1688 terminou quando o Parlamento apoiou a invasão de um outro rei (William III) contra o então rei que se recusava a obedece-lo (James II). E menos de 50 anos antes, em 1649, o rei Charles I, foi decapitado justamente porque se recusava a aceitar as ‘recomendações’ do Parlamento.
Como a Família Real ganha dinheiro?
Apesar de muitos detalhes sobre as receitas da rainha serem públicos, sua exata fortuna é desconhecida, porque a Rainha não é obrigada a revelar suas finanças pessoais.
A principal fonte de receita é o Fundo Soberano, composto por uma porcentagem fixa dos lucros do patrimônio da Coroa - gerenciados pelo Crown Estate - que são pagos ao Tesouro.
O Crown Estate foi criado em 1760, quando o rei George 3º chegou a um acordo com o governo estabelecendo que o lucro desse patrimônio iria para o Tesouro e, em troca, o monarca receberia um pagamento anual - o Fundo Soberano.
O Estate é uma entidade independente que administra um dos maiores portfólios de propriedades e concessões do país, que inclui residências, escritórios, lojas, empresas e centros comerciais. A monarquia é dona de terras em Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
A rainha ou rei em exercício recebe, do Tesouro, 15% dos lucros anuais do Crown Estate para pagar os custos com sua equipe, manutenção de propriedades, viagens e compromissos oficiais.
O governo já havia anunciado, no entanto, que entre 2017 e 2027 esse percentual aumentará para 25%, para ajudar a pagar uma reforma de 369 milhões de libras no Palácio de Buckingham.
Tecnicamente, o patrimônio da Coroa pertence ao monarca durante a duração de seu reinado, mas, na prática, não pode ser vendido por ele ou ela.
Já os gastos gerados por outros membros da família real são custeados por uma receita privada da rainha, o privy purse.
Os fundos para isso vêm em sua maioria do Ducado de Lancaster, um portfólio de terras, propriedades e bens da rainha que são administrados se forma separada do patrimônio da Coroa.
Este portfólio consiste de 18.454 hectares de terras na Inglaterra e no País de Gales, além de propriedades comerciais, agrícolas e residenciais.
Apesar de ser classificado como um patrimônio privado da rainha, não pode ser vendido por ela.
Assim como o patrimônio da Coroa, os lucros do Ducado de Lancaster vão para o Tesouro, que então financia parte das despesas da rainha não cobertas pelo Fundo Soberano.
O chanceler do Ducado de Lancaster é quem administra as propriedades e aluguéis deste ducado.
De forma separada, a receita do Ducado da Cornualha financia os gastos privados e oficiais do príncipe de Gales (Charles) e da duquesa da Cornualha (Camilla).
Ambos são isentos do pagamento de taxas para o governo porque são entidades da Coroa.
De acordo com o Sunday Times, a rainha tem ainda um portfólio de investimentos que consiste em sua maior parte de ações de empresas britânicas consideradas mais confiáveis, avaliado em 110 milhões de libras.
Seus bens ainda incluem uma coleção de selos, joias, carros, cavalos, o legado da rainha-mãe. Tudo isso contribui para sua fortuna pessoal.
Separadamente, ainda há a coleção real, que inclui joias da Coroa, obras de arte, móveis antigos, fotografias históricas e livros, num total de mais de 1 milhão de objetos avaliados em 10 bilhões de libras.
Mas esta coleção não pode ser contabilizada na fortuna da monarca porque é administrada em nome de seus sucessores e do país.
No país, há grupos que fazem campanha pelo fim da monarquia e do pagamento do Fundo Soberano.
A ONG Republic publicou seu próprio relatório das despesas da família real em 2016/2017 e chegou a uma conta de 345 milhões de libras.
Para o chefe da ONG, Graham Smith, é "uma conta enorme para os pagadores de impostos" e para sustentar "vidas privilegiadas".
"O aumento mais recente do Fundo Soberano foi anunciado num momento em que há restrições salariais no setor público e uma forte discussão no Reino Unido sobre o abismo entre ricos e pobres", diz o analista para assuntos da monarquia da BBC Peter Hunt.
"Mas todos os anos, os críticos da instituição reclamam, e assistentes da família real garantem que mantêm os custos sobre controle e que o dinheiro extra é necessário para salvar o palácio (de Buckingham)."
Em 2016, a despesa bruta oficial da rainha aumentou em cerca de 2 milhões de libras.
Mesmo assim, o tesoureiro da monarca, Alan Reid, afirmou que ela representa "um excelente custo benefício. Quando você analisa estas contas, percebe que o Fundo Soberano custou, no ano passado, 65 pence (R$ 2,74) por pessoa ao Reino Unido. Isso é o preço de um selo", afirmou.
Os Estados Unidos em coalizão com o Reino Unido e a França anunciaram na noite desta sexta-feira 13/04, um ataque à Síria. Pelo menos seis ataques foram realizados por mísseis americanos em locais que armazenariam armas quimícas. A acusação principal é de que o regime de Bashar Al-Assad teria utilizado armas químicas em confrontos locais com grupos que disputam o poder do país.
O governo sírio contra atacou e informou através de meios de comunicação que teriam derrubado 11 mísseis dos EUA. Para compreender melhor essa situação toda torna-se necessária um aprofundamento na questão.
A República Árabe da Síria é um pais localizado no Oriente Médio (Ásia Ocidental). Faz fronteira com a Turquia ao norte, ao leste com o Iraque, Jordânia ao sul, a oeste o Mar Mediterrâneo e o Líbano, além de Israel a sudoeste. Com uma extensão de 185 mil quilômetros quadrados e uma população de mais de 22 milhões e meio de habitantes.
Conquistou a sua independência em 24 de outubro de 1945. O país já pertenceu ao império persa. Chegou a ser uma das conquistas de Alexandre, o Grande, no século IV A.C.. Mais adiante, passou a ser uma das províncias romanas. A nação obteve grande prestígio durante a ascensão do islamismo no século VII. O império Turco-Otomano passa a dominar o país a partir de 1516. Durante a primeira guerra mundial, os otomanos lutaram ao lado dos impérios Áustro-Hungáro e Alemão.
O Partido Baath comanda este país desde 1963, apesar de hoje a liderança ser compartilhada pelo Presidente – atualmente Bashar al-Assad, filho do antigo líder, Hafez al-Assad, que ocupou o poder de 1970 até 2000, quando morreu - e uma comunidade menor de políticos e militares despóticos¹.
O conflito na Síria começou em março de 2011 com protestos pacíficos contra o governo do presidente Bashar al-Assad e acabou se transformando em uma guerra maior, envolvendo grupos jihadistas, além de forças regionais e internacionais. Mais de 290 mil pessoas morreram neste conflito que, com a entrada da Turquia, se tornou ainda mais complexo, já que os turcos combatem tanto o grupo Estado Islâmico quanto os curdos.
A principal batalha da guerra, são os cerca de 300 mil soldados do exército sírio de Bashar al-Assad e suas forças aliadas contra diversos grupos rebeldes de dentro do país, além de jihadistas estrangeiros.
O maior grupo rebelde é o Exército da Conquista, que reúne facções islâmicas como Ahrar al-Sham e Faylaq al-Sham, além de grupos jihadistas como a Frente Fateh al-Sham, antes chamada Al-Nusra Front, quando ainda mantinha afiliação à Al-Qaeda.
Os curdos são um povo sem país que vive em partes da Síria e da Turquia, entre outros países, e estão no fogo cruzado da guerra. Os curdos da Síria vinham se mantendo longe do conflito entre governo e rebeldes, até qu Bashar al-Assad bombardeou as forças curdas em Hasakeh, cidade que era controlada conjuntamente pelos curdos e pelo regime.
Os curdos da Síria conquistaram uma região semi-autônoma no norte e nordeste do país, com a sua Unidade de Proteção Popular (YPG), e assim se tornaram um parceiro fundamental da coalizão liderada pelos Estados Unidos no combate ao grupo Estado Islâmico. Desde janeiro de 2015, o YPG conseguiu expulsar o grupo das cidade de Cobane e Manibj, na província de Aleppo, além de Tal Abyad, na província de Raqa, e grande parte da província de Hasakeh. O YPG também é parte das Forças Democráticas Sírias (SDF), que reúne diversas facções combatendo o grupo Estado Islâmico (EI).
Os jihadistas do EI consideram inimigos todos aqueles que não se aliam ao seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi. Por isso combatem grupos rebeldes sírios e até mesmo outros grupos jihadistas. Os rebeldes apoiados pela Turquia participaram nesta semana da retomada da cidade fronteiriça de Jarabulus, antes dominada pelo grupo EI.
O exército sírio é reforçado por 200 mil forças irregulares, principalmente das Forças de Defesa Nacional. Também luta ao lado de cerca de 8 mil forças do Hezbollah, a poderosa milícia xiita do Líbano, além de soldados do Irã, do Iraque e do Afeganistão. A Rússia se tornou um apoiador-chave e fez ataques aéreos em apoio a Bashar al-Assad a partir de setembro de 2015, além de ajudar Damasco a recuperar diversas províncias rebeldes. O Irã é outro aliado fundamental, provendo apoio financeiro e militar.
As facções de oposição consideradas “moderadas” são apoiadas pelo Ocidente, principalmente por Estados Unidos, França e Reino Unido, mas os rebeldes reclamam do pouco suporte. Turquia, Arábia Saudita e Qatar apoiam não só a oposição ao governo, mas também outras facções islâmicas.
Os curdos da Síria são um parceiro-chave da coalização contra o grupo Estado Islâmico liderada por Washington, mas a Turquia considera o YPG um braço do Partidos dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), grupo que reúne curdos turcos e é classificado por Ancara como terrorista.
Nenhum país abertamente apoia os jihadistas da Fateh al-Sham e do grupo Estado Islâmico, mas este último obtêm dinheiro de impostos e recursos dos territórios que controla na Síria e no Iraque.
O presidente Assad diz que quer retomar o controle de todo o país e não vai desistir.
Os rebeldes querem derrubar Assad, mas discordam sobre o futuro do país. O Fateh al-Sham, por exemplo, quer um instalar um emirado islâmico.
Os curdos querem uma região autônoma nas áreas em que são maioria, o chamado Curdistão.
O Grupo Estado Islâmico quer expandir o seu autoproclamado “califado” na Síria e no Iraque.
Antes do ataque da coalizão o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou ter “provas irrefutáveis” de que o alegado ataque químico na Síria foi “uma encenação”, na qual participaram serviços especiais de um país “russófobo”.
“Temos provas irrefutáveis de que se trata de uma nova encenação e que os serviços especiais de um Estado actualmente na primeira linha de uma campanha russófoba participaram nessa encenação”, disse o ministro numa conferência de imprensa.
De acordo com informações recentes, estima-se que 15 mil médicos – quase metade do número de profissionais que havia na Síria antes do conflito – tenham fugido do país, impedindo que centenas de milhares de civis recebam os cuidados de saúde mais básicos.
A Escola de Inovação e Políticas Públicas (EIPP) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj/MEC) está uma incrível programação de palestras para a primeira semana de abril.
Ao todo, serão oferecidos 4 noites de palestras gratuitas, com as vagas preenchidas pela ordem de chegada.
Daniela Arbex, jornalista premiada internacionalmente e autora do best-seller Holocausto Brasileiro, é a convidada da segunda-feira, 19h30, com o tema "O jornalismo investigativo e a construção da memória no Brasil".
Quando? Segunda-feira, 02 de abril, 19:30
SEGUNDA NOITE: RENATO LIMA
Quem? O professor Renato Lima, PhD em Ciência Política pelo MIT
O que? "Políticas públicas, gargalos institucionais e inovação no Brasil"
Quando? Terça-feira, 03 de abril, 19:30
TERCEIRA NOITE: CAMILA ACHUTTI e FERNANDA LEÔNCIO
Quem? A Camila Achutti, co-fundadora das start-ups Ponte 21 e Mastertech e Fernanda Leôncio, fundadora da Associação Afrobusiness Brasil e Conta Black.
O que? "Empreendedorismo e Juventude"
Quando? Quarta-feira, 04 de abril, 19:30
QUARTA NOITE: GINA PONTE e JAYSE FERREIRA
Quem? Professora Gina Vieira Ponte e Professor Jayse Ferreira, ganhadores do Prêmio Professores do Brasil.