A filosofia de Arthur Schopenhauer inicia como oposição e crítica à filosofia de Hegel
A seção Clássicos do Catálogo desta semana destaca a obra de Arthur Schopenhauer, Metafísica do belo.
A tradução realizada por Jair Barboza compreende o conjunto de preleções lidas pelo filósofo em 1820, na Universidade de Berlim. A elas se juntam as preleções intituladas Teoria de toda a representação, pensamento e conhecimento; Metafísica da natureza; e Metafísica da estética. Mediante tais textos tem-se um acesso dos mais claros e didáticos ao pensamento do filósofo de Frankfurt, que já primava pela clareza expositiva, contra a corrente estilística germânica de sua época e seguindo a tradição britânica.
As preleções permanecem atuais não só pela investigação da essência íntima da beleza, mas também pela ressonância em diferentes autores, como Nietzsche, Freud e Machado de Assis. O filósofo eleva a arte a uma categoria suprema e reconhece, na contemplação desinteressada, uma forma de neutralizar momentaneamente o sofrimento existencial.
Schopenhauer edificou uma visão de mundo que moldou a visão moderna, sendo fundamental para a constituição dos sistemas filosóficos e científicos de autores como Nietzsche, Freud, Wittgenstein e Popper, sem falar de seu impacto na obra de escritores como Tolstoi, Jorge Luis Borges, Thomas Mann, Machado de Assis e Augusto dos Anjos. Também foi o primeiro filósofo ocidental a realizar a intersecção de toda a filosofia de inspiração platônica-kantiana com a filosofia oriental.
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