domingo, 25 de fevereiro de 2018

Conheça 6 Mitos e Verdades sobre entre refugiados e imigrantes


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Quando falamos em refugiados, vemos que a maioria das pessoas têm muitas dúvidas em relação ao assunto. Porém, a chegada destes estrangeiros no Brasil já é algo que acontece há anos. Em 2017, o País registrou uma população de 10.141 refugiados reconhecidos, provenientes de mais de 80 países diferentes, havendo mais de 30 mil pedidos de refúgio a serem analisados. Grande parte destas pessoas são provenientes de países como a Síria, República Democrática do Congo e Venezuela.

João Marques, presidente da EMDOC, consultoria de mobilidade global presente em 26 países, desmistifica agora o tema. Confira:

1 - As termologias “refugiado” e “imigrante” têm o mesmo significado.

Mito. Refugiadas são as pessoas que foram obrigadas a sair de seus países de origem por conta de guerras ou perseguições de diferentes naturezas, seja por sua raça, religião, nacionalidade, opinião política, entre outros motivos. Portanto, são pessoas que se encontram longe de casa em busca de proteção internacional. Já o imigrante é aquele que entra em um país por livre e espontânea vontade, com objetivo de trabalhar, estudar ou residir, porém pode voltar para a sua terra natal a qualquer hora, sem nenhum tipo de ameaça a própria vida.

2 - Quem vem do Haiti recebe visto humanitário e não é considerado um refugiado.

Verdade. Os haitianos passam por grandes dificuldades financeiras e políticas em sua terra natal, principalmente após o catastrófico terremoto que atingiu o país em janeiro de 2010. Neste caso, quase a totalidade dos haitianos que chegam ao Brasil recebem o visto humanitário, categoria que não se enquadra em refúgio.

3 - Refugiado é terrorista.

Mito. Os refugiados são pessoas civis que buscam proteção internacional devido as ações extremistas, inclusive causadas por terroritas, e em muitos casos chegam a um país sem qualquer amparo. Normalmente, estas pessoas não conseguem levar consigo nem uma mala de roupas ou documentação. Já terroristas são pessoas extremistas que praticam o uso de violência, psicológica ou física, por meio de ataques em defesa de alguma crença ou ideologia.

4 - Refugiados são pessoas que vêm de países que estão em guerra.

Verdade. Os conflitos armados se caracterizam como o principal motivo que ocasiona o fluxo massivo de refugiados. Porém, as pessoas que sofrem com algum tipo perseguição, que pode ser religiosa, racial, política, dentre outras, também podem receber os status de refugiados.

5     - Todo país é obrigado a receber refugiados.

Mito. Todo país é obrigado a não devolver uma pessoa a seu país de origem quando sua vida, liberdade e integridade estão ameaçados, mas todos os 148 países que ratificaram a Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados de 1951 e/ou o Protocolo de 1967, comprometem-se em receber as pessoas em situação de refúgio.

6.    Refugiado não pode trabalhar no país que o acolheu

Mito. No Brasil, aqueles que solicitam os status de refúgio têm o direito de emitir CPF e a Carteira de Trabalho. Além disso, contam com a garantia legal da Lei 9474/97 que assegura acesso aos sistemas públicos de saúde, educação e ciculação no terrirório nacional da mesma forma que os cidadãos locais. Em terras brasileiras, por exemplo, existem ações que auxiliam os refugiados a encontrarem oportunidades no mercado de trabalho, como faz o PARR (Programa de Apoio para a Recolocação do Refugiado), que já conseguiu inserir mais de 200 refugiados em postos de trabalho no Brasil.

Sobre a EMDOC

Fundada em 1985, a EMDOC é uma consultoria especializada em serviços de mobilidade global. Com sede em São Paulo e com cerca de 200 colaboradores, oferece atendimento personalizado a empresas e pessoas físicas que buscam agilidade e segurança nos trâmites de imigração para o Brasil, transferência de brasileiros para o exterior e serviços de relocation. Atualmente, a EMDOC atua por meio de escritórios próprios e parceiros em diversos países dos cinco continentes. No Brasil, são nove escritórios próprios e 12 correspondentes distribuídos em todo o território nacional. Nos Estados Unidos, há dois escritórios próprios, um em Miami e um em Houston. Entre os principais diferenciais da empresa, destacam-se as equipes de consultores de origens japonesa, chinesa e europeia, que forma as chamadas “chinese desk”, “japanese desk” e “european desk”, além da certificação ISO 9001 e 14001 e de um corpo jurídico próprio, especializado em direito imigratório. A EMDOC é a única empresa de imigração no Brasil a ter um projeto com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). Para saber mais sobre a EMDOC, acesse www.emdoc.com

Evento gratuito explica incubação no Porto Digital


Participar de um programa de incubação faz toda a diferença para empresas que estão dando seus primeiros passos no mercado. Para discutir a experiência e vantagens em participar desse tipo de iniciativa, o Porto Digital realiza, na quarta-feira (28), a Jump Sessions #24, que contará com a presença de empreendedores e startups atualmente incubados no parque tecnológico. O evento gratuito é aberto ao público (inscrições neste link) e será realizado no Auditório do Apolo 235, além de ser transmitido ao vivo pelo Facebook.

O Porto Digital também segue com inscrições abertas para a Chamada de Novos Negócios Inovadores até 4 de março. O ciclo de incubação tem duração de um ano e a nova turma inicia as atividades no dia 27 do mesmo mês. Interessados devem preencher um formulário online e enviar um vídeo de apresentação do negócio com até três minutos, que deve conter informações como modelo de negócios, detalhes sobre os produtos e serviços e qual o problema que a startup propõe resolver.

Durante a Jump Sessions, será possível tirar dúvidas sobre incubação e estratégias de como fazer o negócio crescer. No bate-papo, quatro empreendedores irão trocar ideias e dar sugestões, inclusive sobre questionamentos levantados tanto no auditório quanto pelo Facebook.

Estarão na conversa os empreendedores Jeanne Karla, Maristone Junior, Abelardo Santana e Álvaro Leal, CEOs das startups incubadas no Porto Digital Pop Bim, Salvus, Klopr e Pague Bem, respectivamente. O meetup será mediado pelo empreendedor e head de incubação, André Araújo.

Série de encontros e debates promovidos pela equipe de incentivo ao empreendedorismo inovador do Porto Digital, a Jump Sessions já recebeu diversos debates e mesas-redondas. Na última edição, a discussão girou em torno de empreendedorismo de impacto, com participação de empresários e entidades que atuam na área.

Serviço
Jump Sessions #24 - Incubação: entenda como seu negócio pode ir mais longe
Quando: 28 de fevereiro, a partir das 19h
Onde: Apolo 235 - localizado na Rua do Apolo, 235, Bairro do Recife
Inscrições gratuitas: http://seliga.ai/jumpsessions24

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Record lança “Em outra vida, talvez?”, de Taylor Jenkins Reid


Aos 29 anos e depois de tentar se adaptar - sem sucesso - a várias cidades dos Estados Unidos, Hannah finalmente decide voltar para Los Angeles. Esta é a sua chance de recomeçar. Em uma comemoração de boas vindas, ela reencontra Ethan, seu ex-namorado da adolescência, por quem sempre foi apaixonada. Eles têm um relacionamento mal resolvido e talvez essa seja a oportunidade de, finalmente, se entenderem. No fim da noite, Hannah precisa decidir entre aceitar a oferta de Ethan e continuar com ele no bar ou ir para a casa com Gabby, sua melhor amiga.

O dilema da protagonista é o pontapé inicial de “Em outra vida, talvez?” que mostra, em realidades alternativas, o desdobramento de cada decisão de Hannah. Ao seguir com Ethan eles começam a namorar, mas ela descobre que está grávida de um homem com quem se relacionou em Nova York. Quando decide ir para casa com a amiga, Hannah é atropelada, perde o bebê e, no hospital, conhece Henry, um dos enfermeiros.

“Em outra vida, talvez?”, fala sobre destino e até que ponto ele é o responsável por influenciar o fim de cada história. O livro chega às lojas em fevereiro pela Record.

Sobre a autora: Taylor Jenkins Reid é autora de “One True Loves”, “After I Do”, “Forever”, “Interrupted” e “The seven husbands of Evelyn Hugo”. Ela mora em Los Angeles com o marido, a filha e o cachorro.

Em outra vida, talvez?
Taylor Jenkins Reid
Claudia Costa Guimarães
Páginas: 322
Preço: R$ 39,90

Editora: Record | Grupo Editorial Record


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

A Sorte segue a coragem: Novo livro de Mário Sérgio Cortella

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O autor, que vendeu mais de 200 mil exemplares com o livro ‘Por que fazemos o que fazemos?’, desmistifica a ideia de que a sorte pode ser atribuída a forças externas e místicas

 Após atingir a marca de mais de 200 mil exemplares vendidos com o best-seller Por que fazemos o que fazemos?, Mario Serio Cortella lança seu mais novo livro. Em A sorte segue a coragem! Oportunidades, competências e tempos de vidao filósofo afirma que não se pode atribuir a forças externas, quase que místicas ou mágicas, os acontecimentos favoráveis ou desfavoráveis na vida.

Em vinte capítulos, o autor discute comportamentos comuns a grande parte das pessoas quando se trata da busca pelo êxito e aponta caminhos para que cada um cultive a própria sorte. A concepção de coragem, por sua vez, refere-se a uma força virtual - no sentido de que tem potencial para se realizar - que se dá de forma organizada e consciente.

Tal força se caracteriza por ser uma disponibilidade, uma inclinação para uma ação eficaz, mas que precisa estar estruturada. Segundo Cortella, se há despreparo, não há coragem, mas sim uma atitude temerária, impulsiva e leviana.  Imaginar que coragem é meramente essa euforia preparatória e que seria suficiente para lançar-se em alguma atividade só faz aumentar a probabilidade de desastre.  Dessa forma, a sorte segue, lado a lado, a coragem.

SOBRE O AUTOR
Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor. Mestre e Doutor em educação, o professor lecionou na PUC/SP por 35 anos. Foi secretário municipal de Educação de São Paulo (1991-1992) e assessor especial e chefe de gabinete do professor Paulo Freire. Comentarista da Rádio CBN e da TV Cultura, é autor de mais de trinta livros com edições no Brasil e exterior.

FICHA TÉCNICA
A sorte segue a coragem! Oportunidades, competências e tempos de vida
Mario Sergio Cortella
192 páginas
R$ 34,90

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Entrevista com os escritores Amaro Filho e Eduardo Lamas

Entrevista no Programa Movimento do dia 10 de junho de 2016 com os escritores Eduardo Lamas, falando sobre o livro "O negro crepúsculo" e Amaro Filho com a edição de "Pífanos do Sertão

Prefeitura do Recife e Senai abrem inscrições em cursos profissionalizantes para ex-usuários de drogas


Serviço tem como objetivo a inserção social e produtiva de ex-usuários de drogas através de qualificação

A Prefeitura do Recife e o Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) oferecem 75 vagas de aperfeiçoamento profissional para ex-usuários de drogas. Os cursos de torneiro e fresador mecânico (120 horas/aula), gestão de qualidade (40 horas/aula) e sistemas eletro-hidráulicos (60 horas/aula) serão ministrados na Escola do Senai do bairro de Santo Amaro, no próximo mês, no turno da tarde. As inscrições estão abertas até o preenchimento das vagas.

As aulas são uma das estratégias da Secretaria Executiva de Políticas sobre Drogas do Recife (Sepod), ligada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos do Recife, para inserção social e produtiva de ex-usuários de drogas através da elevação de escolaridade, qualificação profissional, encaminhamentos para retirada de documentos básicos e para Agência de Emprego. A ação compõe o Programa Integra Recife, que é a parte de inserção social do Sistema Mais Recife de Políticas sobre Drogas.

Quem tiver interesse em participar das aulas pode ligar para o telefone 3355.8969 ou comparecer, das 8h às 17h, na Sepod, que fica no 6º andar do edifício-sede da Prefeitura do Recife. É preciso levar originais e cópia de identidade, CPF e comprovante de residência na cidade do Recife. Em caso de encerramento das vagas, o público pode deixar o nome na lista de espera para as próximas turmas.

No ano de 2018, já foram oferecidas 150 vagas de cursos de aperfeiçoamento profissional através da parceria entre o Programa Integra Recife e o Senai. Em 2017, foram ofertadas mais de 600 vagas em cursos profissionalizantes e 200 vagas em cursos de aperfeiçoamento profissional no modo presencial, além de mil vagas no modo de Educação a Distância (EAD).

Foto: Daniel Tavares/PCR

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Mini Curso - A Dinâmica dos Afetos em Baruch Spinoza


Projeto Não Violência nas Escolas


As Escolas de Ensino Médio da Região Metropolitana do Recife têm até o dia 2 de março de 2018 para se inscreverem e concorrerem ao edital nº 01/2018 do Projeto Não Violência nas Escolas, que concede 10 vagas para as instituições desenvolverem o Projeto. 

O edital lançado pelo Coletivo Humanista de Pernambuco e o PET - Conexões de Saberes - Politicas Publicas de Afirmação para a Juventude da UFRPE, terá duração de 4 meses e carga horaria de 36h. Serão formações presenciais, virtuais e de multiplicação com os estudantes e profissionais da Escola. 

O Projeto propõe tratar temas relacionados às várias formas de violência, conflitos interpessoais dentro e fora do ambiente escolar, de forma transversal com todas as formas de intolerância e discriminação de gênero, raça, classe e religiosa, construindo assim uma educação humanizadora. Com base na Corrente Pedagógica Humanista Universalista, a proposta é criar equipes de multiplicadores(as) da não violência ativa, compostas por jovens estudantes, corpo docente, gestores escolares e funcionários(as). 

As inscrições deverão ser feitas pelo(a) responsável da Escola, através de um formulário online que está disponível no site do projeto pelo link www.naoviolencianasescolas.org

Prefeitura do Recife autoriza contratação temporária de 624 professores

A Prefeitura do Recife anuncia a contratação temporária de 624 professores de nível superior com habilitação em Licenciatura Plena em Pedagogia e nas demais licenciaturas dos diversos componentes curriculares: Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências, Inglês, Artes, Educação Física. As autorizações foram estabelecidas por três Decretos publicados no Diario Oficial de hoje (20 de fevereiro). As vagas são para atuar na Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, nos projetos e Programas Educacionais e salas regulares bilíngues em Língua Brasileira de Sinais (Libras). O edital da seleção será publicado ainda no mês de fevereiro.
A contratação temporária acontece para atender à demanda de professores na rede de ensino em caso de afastamentos legais como licenças de docentes do quadro efetivo e ainda para reforçar programas e projetos. A Secretaria de Educação, entretanto, irá realizar posteriormente um Concurso Público, cuja comissão já está constituída desde o final de 2017 com previsão de publicação do Edital em 2018. Os contratos para esta seleção temporária terão vigência de 24 meses prorrogáveis por igual período. 
O processo seletivo será realizado por uma comissão composta por servidores indicados pelas Secretarias de Educação e de Planejamento, Administração e Gestão de Pessoas. A seleção será feita em uma única etapa de avaliação curricular, de caráter eliminatório e classificatório. Serão analisados os títulos e experiência profissional que tenham correlação com o cargo.

Obra de Victor Moreira é resgatada em livro assinado por Marcondes Lima



Cenógrafo de peças que marcaram época e um dos artistas pioneiros de Nova Jerusalém, Victor Moreira trabalhou como fashion designer e foi responsável por desfiles e ensaios de moda nas décadas de 50 a 70. 
Prestes a completar 84 anos – faz aniversário no próximo mês de março -, Victor Moreira vê mais um sonho se realizar. A publicação de um livro que resgata sua obra e biografia, intitulado A Arte de Victor Moreira, com assinatura do encenador e pesquisador Marcondes Lima. Incentivado pelo Funcultura, o livro é a nova publicação da Editora Cepe. O lançamento será no dia 28 de fevereiro, às 19h, no Museu do Estado de Pernambuco, no bairro das Graças.
Durante 1 ano e meio, Marcondes Lima embrenhou-se por um acervo gigantesco e labiríntico, que revelava a produção e as histórias de Victor José Fernandes Moreira, desenhista, estampador, designer de moda, figurinista, cenógrafo, correspondente internacional de moda. Só para a pesquisa do livro, foram digitalizadas mil e cinquenta imagens – das quais cerca de 250 estão no livro. São desenhos, documentos, páginas de jornais, fotografias, estudos e originais de estamparias.
Nas artes cênicas, Victor Moreira foi um dos colaboradores do Teatro Adolescente do Recife  (1955-1963), ao lado do ator e diretor Clênio Wanderley e do diretor Luiz Mendonça; responsável pela maquiagem e figurino da primeira montagem de Auto da Compadecida, em 1956 (o cenário era de Aloísio Magalhães); um dos idealizadores da cidade-teatro de Nova Jerusalém, no Agreste pernambucano, assinando cenários e  figurinos do espetáculo de 1954 a 2002 – posto que retomou em 2012 e segue até os dias de hoje em colaboração com Marina Pacheco; criador do cenário de Yerma, protagonizada e dirigida por Geninha da Rosa Borges no Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), em 1978, além de outras peças para a companhia, como Macbeth, em 1964; A Capital Federal, em 1965; Bob & Bobete, em 1997; Você pode ser um assassino, em 2000. Também criou  cenários e figurinos para Calígula, em 1979 dirigida e protagonizada por José Pimentel, em 1971.
Nascido em Olinda, Victor possui uma memória cinematográfica, reconstituindo histórias como se fossem verdadeiros roteiros de cinema. Conta que, aos três anos de idade, viu passar pela janela da casa da avó a procissão de Nosso Senhor dos Passos. “Minha avó enfeitava as janelas, como todas as senhoras de Olinda, mas não poderiam ser usadas flores, porque Jesus estava morrendo. Então se usavam placas de metais. Fiquei encantado”, relembra. Com menos de cinco anos, Victor reproduziu a procissão em desenhos feitos em papel de embrulhar pão, guardados como relíquia pelo pai.
Na família, todos queriam que ele fosse doutor. Formado em Odontologia, Victor conquistou o apoio do pai para trabalhar com estamparia na fábrica Othon Bezerra de Mello quando comprovou que ganhava mais dinheiro naquela função. “A família inteira não queria que eu fosse fazer desenho. Queria que eu fosse doutor. Mas não aguentei a odontologia. Eu nasci para desenhar, para ver moda, para charme, para elã. Adoro cristal, cheiros, gente bonita. É, sou teatral”, brinca.
Para o autor Marcondes Lima a memória de Victor Moreira permeia todo o livro. “Poderia ser um livro de 500 páginas. Conseguimos fazer 172, que deixam registradas as múltiplas facetas desse criador inquieto, curioso, workaholic. Várias outras pesquisas poderiam ser feitas a partir desse levantamento inicial”. Longe da realidade das blogueiras de moda, que hoje registram tudo ao vivo com celulares modernos, Victor viajava para salões de moda da Europa – como a semana Prêt à Porter de Versailles – onde fotografava e desenhava os looks que via na passarela para os jornais e revistas brasileiros. Foi colaborador do Jornal do Commercio (Pernambuco), do jornal O Povo (Ceará), do extinto jornal Shopping News (São Paulo), entre outros peri& oacute;dicos.
Trabalhando por mais de 20 anos no Cotonifício Othon-Riachuelo, Victor inseriu o algodão no circuito da alta costura através de suas criações e de processos como a calandragem (dar brilho ao tecido) e da técnica de redesign, a criação de um novo tecido a partir de diferentes texturas. Cada desfile era tratado como um espetáculo.  Victor fazia questão de explicar ao público o seu processo criativo. Isso acontecia por meio de desenhos feitos na hora, performances, narração em tempo real, entre outras invenções. Um de seus momentos mais memoráveis ocorreu em 1970, durante uma Feira do Comércio e Indústria do Nordeste (Fecin), no Parque da Jaqueira. O festejado estilista Dener abriu o evento desfilando sua coleção ao som de música clássica ao vivo. Victor Moreira ousou fechando o evento com o icônico desfile Tropicália, levando à passarela música de terreiro de candomblé, com ogãs e seus atabaques.
 Sem ter como mostrar seu trabalho às novas gerações, Victor Moreira temia ver sua produção ser esquecida e desaparecer. “Tenho muito medo de perder a minha memória. Sinto muito prazer na vida. Acho que a vida é linda, apesar de todos esses políticos. Ainda tem muita coisa boa para se curtir”, comenta. “Espero que o livro possa despertar curiosidade e, quem sabe, novas investidas nesse acervo tão rico”, finaliza.
Serviço
Lançamento do livro A Arte de Victor Moreira, de Marcondes Lima
Editora Cepe
Quando: 28 de fevereiro (quarta-feira), às 19h
Onde:  Museu do Estado de Pernambuco (Av. Rui Barbosa, 960 – Graças)
Projeto incentivado pelo Funcultura/Fundarpe/Sec. de Cultura/Governo de Pernambuco

Saiba os cuidados necessários antes de comprar imóvel usado

 

Crédito para aquisição de imóveis usados cresceu 13,2% no ano passado e os cuidados na hora da compra devem ser redobrados
 
A compra da casa própria continua sendo o maior sonho de grande parte dos brasileiros e muitas famílias têm apostado no financiamento de imóveis usados para fugir do aluguel. Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito com recursos da poupança para aquisição de imóveis usados cresceu 13,2% no ano passado.
 
Antes da compra, além da análise que envolve a localização do imóvel, estado de conservação, infraestrutura da região, valor do bem e disponibilidade de recursos financeiros, uma das questões mais importantes é em relação à documentação necessária para a efetivação de uma transação segura, ou seja, uma avaliação jurídica detalhada do vendedor e do próprio imóvel.
 
O advogado Arthur Ongaro, do escritório Corrêa, Ongaro, Sano Advogados Associados, lembra que é preciso verificar, por exemplo, se o vendedor do imóvel não possui dívidas, que podem ser trabalhistas ou de execução fiscal, mesmo que não sejam relacionadas ao imóvel. “A pessoa que está comprando um imóvel deve ficar atenta à questão da documentação e das certidões para não ser surpreendida, no futuro, com uma penhora do imóvel ou alguma intimação ou alegação de que aquele bem já estava comprometido para pagamento de alguma outra dívida”, esclarece Ongaro.
 
Segundo o advogado, a pessoa pode até perder o imóvel. “O imóvel pode ser usado para pagamento de uma dívida do vendedor, que pode vender seus bens para fugir dos credores”.
 
Imóveis financiados – Mesmo o imóvel adquirido por meio do financiamento bancário pode não estar livre de problemas. Apesar de normalmente a instituição financeira ser responsável pelo levantamento das certidões (afinal, o imóvel será a garantia do empréstimo), o risco pode existir. “É importante acompanhar todo o processo junto ao agente financeiro. Peça para olhar as certidões que a instituição solicitou do vendedor e tenha certeza que não há nenhuma brecha na documentação”, finaliza.

Faltam leitos de psiquiatria no país, alerta Federação dos Hospitais


      Médico Yussif Ali Mere Junior

O Brasil possui 36.387 leitos psiquiátricos, sendo 25.097 do SUS em 159 hospitais e 11.290 privados. Destes, 10.749 localizam-se no estado de São Paulo.

Números muito inferiores aos recomendados pela OMS-Organização Mundial da Saúde, de 90 mil leitos para 200 milhões de habitantes. A consequência direta dessa política de redução de leitos foi a desassistência e o abandono de pacientes, tendo como referência a situação da Cracolândia, na cidade de São Paulo e a falta de resolutividade no atendimento psiquiátrico.

Segundo o médico Yussif Ali Mere Jr, presidente da FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, o país precisa repensar esses números e humanizar, qualificando o atendimento no setor de saúde mental. O tema precisa ser discutido especialmente nesta semana em que se comemora a semana nacional de combate ao alcoolismo. 

“Em 11 anos, a oferta de leitos psiquiátricos no SUS diminuiu quase 40%, chegando hoje ao índice de 0,041 por 1000, sendo que o índice mínimo seria de 0,45 segundo a OMS. Países como a Inglaterra e o Canadá possuem índices de 0,59 e 1,9 leitos de internação psiquiátrica por 1000 habitantes, respectivamente”, destaca.

O movimento de redução de leitos psiquiátricos gerou uma lacuna assistencial, considerando o aumento populacional, o crescimento do contingente de pacientes com transtornos mentais principalmente em decorrência do uso abusivo de álcool e drogas.

A FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo acredita na proposta de humanizar e tornar o atendimento à saúde mental integral, havendo necessidade de internação em casos que o histórico médico assim o exigir como dependentes químicos, casos de tentativas de suicídio e algumas modalidades de doenças mentais. “O que fizeram foi cortar a perna que tinha uma ferida, ao invés de curá-la”, avalia o médico.

Na onda do movimento antimanicomial dos anos 70,  que extinguiu os hospitais psiquiátricos e os manicômios existentes na época, a política do governo nos últimos anos foi de sufocamento do modelo de internação conhecida como reforma psiquiátrica. De acordo com essa política, o atendimento psiquiátrico privilegiou uma abordagem  extra-hospitalar e evitou a internação a todo custo.

Para substituir os leitos fechados, o Ministério da Saúde criou as CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e as residências terapêuticas. No entanto, o ritmo de instalação dos serviços alternativos não acompanhou a proporção de fechamento de leitos. E, muitas vezes, em casos agudos, o paciente acabava exigindo uma internação e não encontrava leito.

O presidente da Federação dos Hospitais acredita que é preciso oferecer uma assistência integral ao paciente e não negligenciar a necessidade de suporte hospitalar psiquiátrico aos pacientes cuja história clínica assim exigir.

Mudanças na política de saúde mental são necessárias

Dezesseis anos após a aprovação de lei da reforma psiquiátrica, a política de atendimento a pacientes com transtornos mentais e a usuários de álcool e drogas deve agora passar por mudanças pela resolução aprovada, a Portaria Interministerial nº2 de 21/12/2017.

Entre as medidas, estão a manutenção da oferta de leitos hospitalares em psiquiatria e o estimulo à qualificação. Prevê ainda o aumento pago por diária de internação. Hoje o valor varia de R$ 26,00 a no máximo R$ 49,00. E a previsão é que chegue a R$ 70,00. O número atual é baixo e insuficiente para uma assistência adequada.

Segundo Yussif Ali Mere Jr., as mudanças no sistema nacional de saúde mental são imprescindíveis para garantir dignidade e qualidade assistencial ao paciente psiquiátrico.  

“Importante a criação do atendimento ambulatorial com enfoque multidisciplinar, qualificação e financiamento mais apropriado de hospitais especializados. E, ao invés de fechar leitos, a nova política quer qualificar esses leitos para o tratamento de pacientes com quadros agudos e programas de prevenção ao uso de álcool e drogas e prevenção de suicídio. E ainda criação de CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) especial 24 horas para áreas de grave consumo de crack e outras drogas também chamadas Cracolândias”.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Antropólogo discute autonomia dos símbolos e seu papel na criação da cultura

Símbolos estão presentes na humanidade desde os tempos imemoriais. Mas por que devemos estar atentos a eles? Na importante pesquisa Símbolos que representam a si mesmos, lançamento da Editora Unesp, o antropólogo Roy Wagner traz à tona uma discussão sobre “a autonomia dos símbolos e seu papel na criação da cultura”. O ponto nevrálgico da obra, trazido previamente em seu livro anterior A invenção da cultura, carrega, simultaneamente, simbologia, filosofia e evolução, revelando o significado como forma de percepção a que os seres humanos são adaptados física e mentalmente. 
“Este livro é sobre o sentido como poder organizador e constitutivo na vida cultural”, escreve Wagner. “Seu argumento é de que o fenômeno humano é uma ideia única e coerente, organizada mental, física e culturalmente em torno da forma de percepção que chamamos de ‘sentido’".
Ao longo dos sete capítulos, o autor discutirá os símbolos como sendo o resultado mais imediato e discreto na relação entre pesquisador e seu campo, fortemente ligado com a linguagem, que, como sabemos, é essencialmente simbólica. “Seriam os símbolos a unidade monetária acadêmica, uma moeda cunhada por indústrias de conhecimento pós-coloniais para que, fazendo uso do imenso capital acumulado de literaturas, filosofias e ‘fatos’ estabelecidos, pudéssemos comprar a produção semântica dos chamados “objetos” de pesquisa?”, questiona. 
Roy Wagner mergulha fundo quando se trata de seu embasamento para discutir os símbolos: o autor se apoia sobre seus muitos anos de pesquisa entre os povos Daribi da Papua-Nova Guiné e nos estudos iconográficos sobre os Walbiri da Austrália, além de discutir os conceitos de tempo e a tecnologia ocidental. Tudo isso forma um quadro de tópicos históricos relevantes para as “simbolizações ‘nucleares’ da religião medieval e da filosofia secular moderna e, por fim, algumas questões evolucionárias envolvendo o corpo e o cérebro humanos”. Wagner não deixa de tratar também da questão da criação do significado, examinando as qualidades não referenciais dos símbolos – como suas propriedades estéticas e formais – que permitem que eles representem a si mesmos, o que remete ao título de seu trabalho.
Sobre o autor – Roy Wagner é professor de Antropologia na Universidade de Virginia. Seu livro A invenção da cultura é um clássico da Antropologia contemporânea.
TítuloSímbolos que representam a si mesmos
Autor: Roy Wagner
Tradução: Priscila Santos da Costa
Número de páginas: 197
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 38,00
ISBN: 978-85-393-0709-8
Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp

Rio Water Week será realizada pela primeira vez no Brasil de 26 a 28 de novembro, no Rio de Janeiro

Em 2018, a ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental realizará no Brasil, pela primeira vez, o mais importante evento sobre água no mundo: a RIO WATER WEEK – Semana da Água do Rio, de 26 a 28 de novembro, no Riocentro, Rio de Janeiro.
Esta realização, que já ocorre em outros países, como Suécia e Cingapura, reunirá profissionais e empresas do Brasil e outros países e envolverá também a comunidade acadêmica, especialistas e organizações internacionais para discutir a água em sua concepção mais ampla, abordando desafios, políticas públicas e soluções e tecnologias existentes no Brasil e em todo o mundo, com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da ONU: ODS 6 -  ÁGUA E ESGOTO PARA TODOS ATÉ 2030!
“O desafio maior é o de ir além das fronteiras do nosso Brasil e de interessar e trazer para discutir a universalização os nossos grandes parceiros internacionais”, ressalta o presidente da ABES, Roberval Tavares de Souza.
“Estamos adaptando para a nossa RIO WATER WEEK alguns aspectos que julgamos positivos na organização e planejamento do Fórum Mundial da Água e das Semanas da Água que nos precederam. Entre eles, destacaria uma participação muito relevante das organizações parceiras – quase uma centena – que efetivamente coordenarão as 65 sessões da RIO WATER WEEK, trazendo com elas uma larga experiência nos quatro quadrantes do planeta”, frisa o vice-presidente nacional da ABES, Carlos Alberto Rosito, idealizador e embaixador do evento.
Serão 9 temas (abaixo), 20 Tópicos e 35 Sessões.
• ÁGUA, ESGOTO E SAÚDE PARA TODOS ATÉ 2030!
• GOVERNANÇA E PLANEJAMENTO
• GERENCIAMENTO EFICIENTE
• FORMAÇÃO E TREINAMENTO
• FINANCIAMENTO
• MONITORAMENTO
• REGULAÇÃO
• COMUNICAÇÃO
• MUDANÇAS CLIMÁTICAS E INOVAÇÃO
Participam na coordenação da Programação Temática os especialistas Gustavo Heredia, da Aguatuya/Bolívia; Marisol Fraga, da EPMAPS/Agua de Quito/Equador; Denis Penouel, da SIAAP/Paris; Alejo Molinari/Aferas/Eras; Marcelo Lelis, da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental/Ministério das Cidades/Brasil; André Silveira, também do MCidades; Rita Cavaleiro, da GIZ; Miguel Fernandez, da Aquacon; Alceu Galvão, da ARCE; e Ricardo Röver Machado, coordenador da Câmara Temática de Perdas e Eficiência Energética da ABES, entre outros..
Com expectativa de reunir no Riocentro cerca de 1.500 mil pessoas nas sessões temáticas, a RIO WATER WEEK fará história, inserindo o Brasil nas discussões sobre água mais importantes do planeta.

Road show
A ABES promoveu, em 6 de fevereiro, em São Paulo, o road show de lançamento da Rio Water Week.
Os próximos encontros de apresentação do evento estão previstos para março, em Brasília/DF, e abril, no Rio de Janeiro.


Sobre a ABES
Com 51 anos de atuação pelo saneamento e meio ambiente no Brasil, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental –ABES reúne em seu corpo associativo cerca de 10.000 profissionais do setor. A ABES tem como missão ser propulsora de atividades técnico-científicas, político-institucionais e de gestão que contribuam para o desenvolvimento do saneamento ambiental, visando à melhoria da saúde, do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas.

Marinha começa a montagem final do primeiro submarino convencional do PROSUB


A Marinha do Brasil inicia, no próximo dia 20 de fevereiro, com a presença dos ministros da Defesa do Brasil e da França, a fase de integração dos quatro submarinos convencionais da Classe Riachuelo previstos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), um dos maiores projetos tecnológicos em andamento atualmente no país. O marco desta nova fase do PROSUB acontecerá no Complexo Naval da Itaguaí, com o início da montagem final do “Riachuelo”, o primeiro dos submarinos convencionais do programa a ter unidas todas as seções queformam o casco e os múltiplos sistemas  instalados em cada uma delas. Esta fase, de elevada sofisticação tecnológica, é a última, antes do lançamento do submarino ao mar, previsto para o segundo semestre deste ano.

O PROSUB prevê, além da construção concomitante dos quatro submarinos convencionais, o projeto e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e a infraestrutura necessária à construção, operação e manutenção do ambos os modelos.

O programa conta com forte participação de universidades e centros de pesquisa, o que gera, entre outros benefícios, transferência de tecnologia, desenvolvimento próprio de tecnologias, processos e materiais avançados, fomento ao desenvolvimento da base industrial brasileira de defesa, capacitação de profissionais em atividadesaltamente especializadas e milhares de empregos diretos e indiretos.

SERVIÇO
· Local: EBN (Estaleiro e Base Naval), Área Sul, Estrada Joaquim Fernandes, 239, Ilha da Madeira, Itaguaí-RJ,
· Data: 20 de fevereiro
· Horário: 10h30
·  Credenciamento: poderá ser realizado até as 17h de 19 de fevereiro, por meio da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SECOM/PR): Link