sábado, 30 de setembro de 2023

Como são produzidas as fábricas de energia no nosso cérebro?

Nos humanos, o local onde uma sinapse ocorre pode situar-se a mais de um metro de distância do centro de informação da célula. Sim, um único neurónio pode ter mais de um metro de comprimento.

O cérebro humano representa apenas 2% da massa corporal, mas consome cerca de 20% da energia que produzimos. A capacidade de produção de energia no cérebro é essencial à criação e preservação de memórias.

As nossas células têm as suas próprias fábricas de energia, às quais damos o nome de mitocôndrias. É dentro destas mitocôndrias que os açúcares, as gorduras e as proteínas que ingerimos são transformados em energia. Este processo é particularmente importante nas principais células do cérebro, os neurónios, uma vez que a diminuição do número de mitocôndrias nestas células leva a doenças como Alzheimer e Parkinson. Assim, o nosso objetivo foi tentar descobrir quais os mecanismos que levam à produção de mais fábricas de energia nos neurónios.

As funções que associamos ao cérebro, como a memória, o processamento de emoções e o movimento, resultam essencialmente da comunicação entre os neurónios. Esta comunicação entre neurónios é designada de sinapse e é um processo que consome muita energia, ou seja, que necessita de muitas mitocôndrias.

Mas os neurónios podem ser muito compridos e, nos humanos, o local onde a sinapse ocorre pode situar-se a mais de um metro de distância do centro de informação da célula. Sim, compreendeu bem, um único neurónio pode ter mais de um metro de comprimento.

Ora, então, como é que são produzias as mitocôndrias na sinapse se estão tão longe do centro de informação? Durante muito tempo, pensou-se que as fábricas de energia eram apenas produzidas no centro de informação da célula e a partir daí transportadas para as zonas periféricas. Imagine então que Portugal continental é um neurónio, que Lisboa é o centro de informação e que as mitocôndrias são postos de combustível; seria como dizer que sempre que um carro necessitasse de mais combustível teria que ir a Lisboa para abastecer. Isto seria um processo muito pouco eficiente e onde se acabaria por gastar muito mais combustível (mais energia).

Durante o meu doutoramento, descobrimos que, tal como temos a capacidade de colocar postos de combustível em vários pontos do país, também os neurónios têm a capacidade de produzir mitocôndrias em zonas distantes do centro de informação. Para isso o centro de informação produz uns mensageiros, chamados RNA-mensageiros. Estes mensageiros são transportados até à periferia do neurónio e contêm toda a informação necessária à produção de novas fábricas de energia.



De realçar que neste projeto não estudámos nenhuma doença em particular. Preferimos dar um passo atrás e compreender primeiro como é que as fábricas de energia são produzidas em neurónios saudáveis. Só assim é possível percebermos o que está a falhar num contexto de doença, o que levará ao desenvolvimento de terapias mais eficazes no futuro.



    Carlos Caldanho Ramos
Estudante de doutoramento no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa







Grupo Boticário e Einstein anunciam a Ph.D. em Neurociência Patrícia Gonçalves para conduzir pesquisa inédita sobre olfato feminino

 A pesquisadora e Ph.D. em Neurociência, Patrícia Gonçalves, foi a selecionada para liderar o estudo “Grupo Boticário: Estudo da Relação do Olfato Feminino e Contraceptivos”, realizado em conjunto com o Einstein e o conglomerado de beleza. Mestre e doutora em Neurociências e Comportamento da Universidade de São Paulo (USP), Patrícia será a responsável pela pesquisa que busca entender se há, ou não, interferência do uso de pílulas anticoncepcionais no sistema olfativo da mulher.

A seleção foi feita por edital, avaliação de currículo lattes e entrevistas, conduzidas de forma multidisciplinar por equipes do Einstein e do Grupo Boticário. Durante o processo, a pesquisadora demonstrou grande paixão em pesquisar a relação entre o olfato e aspectos emocionais que podem impactar a saúde e bem-estar das mulheres, o que contribuiu para a escolha.

A especialista irá conduzir o estudo ao longo de 12 meses na Eretz.bio Biotech, que fica sediada no Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein – Campus Cecília e Abram Szajman, em São Paulo, contando com apoio dos especialistas e da estrutura do Einstein e com suporte do time do Grupo Boticário. “Após ter dedicado minha área de estudo exclusivamente a entender como o olfato está relacionado à ciência e ao comportamento, fico muito feliz de ter a oportunidade de investigar esta faceta da saúde da mulher, para compreender como o seu bem-estar pode ser afetado”, comenta a pesquisadora.

O estudo busca unir a expertise em fragrâncias e olfato do Grupo Boticário por meio do seu Centro de Pesquisa do Olfato (CPO) e com a participação de Cesar Veiga, Perfumista e Fundador do Centro, ao renomado Einstein, que entrará com o seu conhecimento clínico e científico da área.

“O Programa de Inovação em Biotecnologia do Einstein foi desenvolvido para apoiar iniciativas e possibilitar maior acesso à infraestrutura, aos insumos e a equipes profissionais com as quais se consiga produzir inovações que sejam de fato transformadoras e tenham a possibilidades de chegar ao mercado mundial. Ao unir forças com um parceiro tão importante como o Boticário, evidenciamos o potencial do Brasil no desenvolvimento de soluções voltadas ao bem-estar e saúde das mulheres”, diz Rodrigo Demarch, diretor de Inovação do Einstein.

Cesar Veiga complementa que, para o Grupo Boticário, que é referência em perfumaria há mais de quatro décadas, o incentivo à pesquisa é considerado uma importante forma de impactar a sociedade e, neste caso, principalmente o público feminino. “Pesquisa e inovação fazem parte da essência do Grupo Boticário, que tem como premissa ir além da entrega de produtos para o consumidor final – olhando de forma integrada e estratégica para beleza, relacionando-a a bem-estar, comportamento, inovação e autocuidado. Apoiar um estudo deste porte, com o apoio de um parceiro tão importante para o bem-estar dos brasileiros como a Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, é um marco para nós”, finaliza.

O estudo incluirá dois grupos de mulheres, um grupo que faz uso de contraceptivo oral combinado, com mínimo de três meses de uso (estradiol + progestagênio), e outro grupo que não faz uso do contraceptivo hormonal algum há mais de três meses e possuem ciclo menstrual regular. Além disso, todas as selecionadas têm idade entre 18 e 40 anos e não têm hábitos ou fatores de saúde que alterem o olfato por si só (como no caso de fumantes, dos que sofrem de depressão ou ansiedade, que tenham histórico de doença neurológica, endócrina ou autoimune, de mulheres que já sofreram traumatismo craniano, que fazem uso de medicamento que interfira no desempenho olfativo, diagnóstico de anosmia, hiposmia, parosmia ou fantosmia; ou diagnóstico de COVID longa).

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Nova descoberta pode mudar o tratamento de doenças cerebrais neurodegenerativas

Rafael Motta


Já parou para pensar como seria incrível se existissem tratamentos eficazes contra doenças como Parkinson, Alzheimer ou Esclerose? Um estudo dirigido pela Universidade de Lausanne, na Suíça, pode ser a luz no fim do túnel para o drama de muitas famílias ao redor do mundo.

O time por trás da pesquisa descobriu uma célula que é um híbrido entre um nêutron e um astrócito – uma célula não neuronal que é essencial para proteger e dar suporte de neurônios no cérebro e na medula espinhal.

Essas células híbridas são capazes de produzir um neurotransmissor conhecido como glutamato. De maneira resumida, ele é o responsável pelo nível de agitação celular dos neurônios.

Andrea Volterra, autora sênior do artigo, disse que a descoberta deste híbrido abre caminhos para explorar o potencial protetor deste tipo de célula, o que poderia revolucionar os tratamentos e remédios utilizados para combater doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Os astrócitos são responsáveis por manter o glutamato sob controle no sistema nervoso central. Isso significa que sua função é crucial no perfeito equilíbrio das funções neuronais e cerebrais do corpo.

Assim que os astrócitos são liberados, eles liberam o glutamato,  o que afeta a forma como os neurônios se comunicam. A questão é que os cientistas, até então, não sabiam de que forma essa liberação ocorria. Volterra, por outro lado, alega ter uma visão mais clara sobre o tema.

Ludovic Telley, coautor do estudo, acrescentou:

Também identificamos outras proteínas especializadas nessas células, que são essenciais para a função de (transportar o glutamato para fora) e sua capacidade de se comunicar rapidamente com outras células.

O Mal de Alzheimer é uma das doenças neurodegenerativas mais conhecidas do mundo e ela não tem cura; apenas tratamentos que buscam reduzir o desconforto e o sofrimento dos pacientes.

Ter um hobby pode aumentar a sua expectativa de vida

Estas e tantas outras enfermidades, como o distúrbio bipolar, são normalmente associadas aos astrócitos; estudos como esse podem trazer respostas mais claras a respeito do funcionamento celular do cérebro humano e levar a tratamentos que possam solucionar o problema de uma vez por todas – pelo menos em alguns casos.

Entretanto, é importante mencionar que os estudos ainda são preliminares e foram conduzidos por meio de testes com camundongos. Ainda se faz necessário validá-lo em testes com humanos para comprovar sua eficácia.


https://socientifica.com.br/esta-descoberta-pode-mudar-o-tratamento-de-doencas-cerebrais-neurodegenerativas/

Antimatéria: cientistas descobrem peça-chave para entender como Universo surgiu Investigação pode responder responder a uma das maiores questões de todas: como o Universo surgiu

Por Pallab Ghosh


Cientistas fizeram uma descoberta importante sobre a antimatéria, uma substância misteriosa que existia em abundância quando o Universo começou.

A antimatéria é o oposto da matéria — da qual são feitos as estrelas e os planetas.



Ambas foram criadas em quantidades iguais no Big Bang que formou o nosso Universo. Embora a matéria esteja em toda parte, seu oposto é terrivelmente difícil de encontrar.

Um estudo publicado na revista científica Nature revela que ambas, matéria e antimatéria, respondem à gravidade da mesma maneira.

Há anos, os físicos têm lutado para descobrir suas diferenças e semelhanças, de forma a explicar como o Universo surgiu.

Descobrir que a antimatéria subiria por conta da gravidade, ao invés de cair, teria destruído o que sabemos sobre a física.

Mas cientistas confirmaram, pela primeira vez, que os átomos de antimatéria caem. Isto abre as portas para novas perguntas e experimentos. Ela cai na mesma velocidade, por exemplo?

Durante o Big Bang, matéria e antimatéria deveriam ter se combinado e se anulado, deixando apenas luz. Por que não o fizeram é um dos grandes mistérios da física, e descobrir as diferenças entre as duas é uma chave para resolvê-lo.

De alguma forma, a matéria superou a antimatéria naqueles primeiros momentos da criação. A forma como ela responde à gravidade pode ser a resposta para a incógnita, de acordo com Danielle Hodgkinson, membro da equipe do Cern (ou Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), na Suíça, o maior laboratório de física de partículas do mundo.

"Não compreendemos como nosso Universo se tornou dominado pela matéria, então isso é que motiva nossos experimentos", disse à BBC.

A maior parte da antimatéria existe de forma fugaz no Universo, por frações de segundos. Portanto, para realizar experimentos, a equipe do Cern precisou torná-la estável e duradoura.

O professor Jeffrey Hangst passou 30 anos construindo uma instalação para produzir meticulosamente milhares de átomos de antimatéria a partir de partículas subatômicas, prendê-los e depois fazê-los cair.

“A antimatéria é a coisa mais legal e misteriosa que você pode imaginar”, afirmou o cientista, animado.

“Até onde entendemos, você poderia construir um universo como o nosso, com você e eu, feito apenas de antimatéria.”

"É simplesmente inspirador lidar com isso; é uma das questões abertas mais fundamentais sobre o que é esse material e como ele se comporta."


O que é a antimatéria?


Vamos começar explicando o que é a matéria: tudo em nosso mundo é feito dela, de minúsculas partículas chamadas átomos.

O átomo mais simples é o hidrogênio. É disso que o Sol é feito principalmente. Um átomo de hidrogênio é composto de um próton carregado positivamente no meio e um elétron carregado negativamente que o orbita.

Com a antimatéria, as cargas elétricas são inversas.

Tomemos como exemplo o anti-hidrogênio, que é a versão antimatéria do hidrogênio, usado nos experimentos do Cern. Ele tem um próton carregado negativamente (antipróton) no meio e uma versão positiva do elétron (pósitron) que o orbita.


No Cern, esses antiprótons são produzidos pela colisão de partículas nos aceleradores. Eles chegam ao laboratório de antimatéria por meio de tubos com velocidades próximas à velocidade da luz. Isso é rápido demais para que sejam controlados pelos pesquisadores.

O primeiro passo é desacelerá-los, o que os pesquisadores fazem colocando-os ao redor de um anel. Isso consome sua energia, até que eles se movam em um ritmo mais controlável.

Os antiprótons e pósitrons são então enviados para um ímã gigante, onde se misturam para formar milhares de átomos de anti-hidrogênio.

O ímã cria um campo que retém o anti-hidrogênio. Se algo tocasse a lateral do recipiente, seria destruído instantaneamente, porque a antimatéria não sobrevive ao contato com o nosso mundo.

Quando o campo é desligado, os átomos de anti-hidrogênio são liberados. Os sensores detectam então se eles subiram ou caíram.


Alguns teóricos acreditavam anteriormente que a antimatéria poderia subir, embora a maioria — notavelmente Albert Einstein na sua Teoria da Relatividade Geral, há mais de cem anos — dissesse que ela provavelmente se comportava como a matéria, caindo.

Os investigadores do Cern confirmaram agora, com o maior grau de certeza até o momento, que Einstein estava certo.

Mas só porque a antimatéria não sobe, isso não significa que ela caia exatamente como a matéria.

Nos próximos passos da investigação, a equipe quer qualificar o seu experimento para torná-lo mais sensível, para ver se há uma ligeira diferença na taxa de queda da antimatéria.

Se assim acontecer, poderá haver mais elementos para responder a uma das maiores questões de todas: como o Universo surgiu.

https://epocanegocios.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2023/09/peca-chave-para-entender-surgimento-do-universo-a-misteriosa-antimateria-tem-novos-segredos-revelados.ghtml

Clássicos do Catálogo: 'Metafísica do belo', de Schopenhauer


A filosofia de Arthur Schopenhauer inicia como oposição e crítica à filosofia de Hegel

A seção Clássicos do Catálogo desta semana destaca a obra de Arthur Schopenhauer, Metafísica do belo.

A tradução realizada por Jair Barboza compreende o conjunto de preleções lidas pelo filósofo em 1820, na Universidade de Berlim. A elas se juntam as preleções intituladas Teoria de toda a representação, pensamento e conhecimentoMetafísica da natureza; e Metafísica da estética. Mediante tais textos tem-se um acesso dos mais claros e didáticos ao pensamento do filósofo de Frankfurt, que já primava pela clareza expositiva, contra a corrente estilística germânica de sua época e seguindo a tradição britânica.

As preleções permanecem atuais não só pela investigação da essência íntima da beleza, mas também pela ressonância em diferentes autores, como Nietzsche, Freud e Machado de Assis. O filósofo eleva a arte a uma categoria suprema e reconhece, na contemplação desinteressada, uma forma de neutralizar momentaneamente o sofrimento existencial.

Schopenhauer edificou uma visão de mundo que moldou a visão moderna, sendo fundamental para a constituição dos sistemas filosóficos e científicos de autores como Nietzsche, Freud, Wittgenstein e Popper, sem falar de seu impacto na obra de escritores como Tolstoi, Jorge Luis Borges, Thomas Mann, Machado de Assis e Augusto dos Anjos. Também foi o primeiro filósofo ocidental a realizar a intersecção de toda a  filosofia de inspiração platônica-kantiana com a filosofia oriental. 

Confira mais dicas de leitura em nosso Instagram @unespeditora.  

Assessoria de Imprensa da Fundação Editora da Unesp
imprensa.editora@unesp.br 


Cordel de mulher: autora fortalece tradição popular com folhetos sobre vivências femininas


Graziela Barduco lança "Minhas Curvas de Estimação" e "O Machista e a Cordelista" para refletir sobre machismo, autoestima e padrões de beleza por meio de versos

Os cordéis Minhas Curvas de Estimação e O Machista e a Cordelista versam sobre experiências comuns às mulheres na sociedade contemporânea: o machismo presente nas relações, a gordofobia e a necessidade de se encaixar nos padrões são temas tratados por Graziela Barduco. Cordelista, mestre em Artes da Cena e pesquisadora sobre cultura popular brasileira, a autora leva os debates do universo feminino para os tradicionais folhetos literários. 

Todos os poemas tratam sobre vivências pessoais da escritora. Em Minhas Curvas de Estimação, mostra como falas preconceituosas contra seu corpo afetaram a autoestima desde a infância. Por crescer com problemas como anorexia e depressão, precisou aos poucos se reconciliar com a própria imagem. Já O Machista e a Cordelista exemplifica a dificuldade de o homem manter uma relação de amizade, respeito e confiança com a mulher, sem envolver interesses amorosos. 

Tudo isso me enoja 
Eu não posso permitir 
Que me ditem estas regras 
Que me digam como agir 
Eu não vou ser uma tábua 
Sou curvas pra resistir. 
(Minhas Curvas de Estimação, pg. 16) 

Graziela Barduco utiliza a crítica social, uma das principais características do cordel, para abordar assuntos atuais por meio de uma perspectiva feminista. Com o apoio das xilogravuras de Kelmara Castro, o intuito da escritora é tornar os folhetos uma mensagem de libertação, empoderamento e enfrentamento contra os preconceitos. 

Integrante do Teodoras do Cordel, coletivo com objetivo de fortalecer o trabalho das cordelistas e preservar esta manifestação cultural em São Paulo, a pesquisadora também escreve para curar as próprias feridas. Ela afirma: “nestes textos, toco em assuntos delicados que, para mim, são como um grito de libertação, embora seja como a exposição de uma ferida aberta e purulenta, que começou a secar. São histórias reais, escritas para que eu pudesse, por fim, seguir em frente”. 

 

Ficha Técnica 
Título: Minhas Curvas de Estimação | O Machista e a Cordelista 
Autora: Graziela Barduco 
ISBN: 978-65-84946-38-5 | 978-65-84946-37-8 
Páginas: 25 | 26 
Preço: R$ 12 
Onde comprar: Site de vendas da autora 

Sobre a autora: Escritora, cordelista, atriz, mestre em Artes da Cena e pesquisadora sobre cultura popular brasileira, Graziela Barduco é autora dos livros “Na Rima da Menina”, “Lutei Contra 100 Leões - Todos os 100 eram Jumentos”, “A Menina e o Pé”, “O Sapinho e o Bumbum” e “Sutil Leveza – O que na alma pesou, em verso se libertou”. É integrante dos coletivos Teodoras do Cordel e Mulherio das Letras, com foco na produção literária de mulheres. 

Redes sociais: Instagram | Facebook | Youtube | Site 


Simpósio de Educação, Cultura e Filosofia abre espaço para o diálogo sobre Educação, Diversidade e Religião

 


A 15ª edição do “Simpósio de Educação, Cultura e Filosofia: aproximações” convidou alunos e professores do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM) para dialogar sobre assuntos importantes, como o movimento LGBTQIA+ e a diversidade religiosa. O evento, promovido pelos cursos de História, Letras, Matemática e Pedagogia, aconteceu entre os dias 26 e 27 de setembro, no auditório do bloco N.

Na primeira noite, o tema foi a diversidade no contexto escolar. Para debater sobre o assunto, foi convidado o professor do UNIPAM Everton Silva; que é médico e Mestrando em Saúde da Família; e a professora do UNIPAM Francis Jardim Pfeilsticker, que também é médica e Mestre em Saúde da Família. Além disso, participaram do debate, a professora da rede de ensino público, Gab Mota, e o publicitário, ex-aluno do UNIPAM, Matheus Castro. O momento propiciou várias reflexões sobre a importância de se informar sobre o movimento LGBTQIA+ e ainda promoveu diálogo com o público.

No segundo dia do evento, o assunto foi a diversidade religiosa, por isso, foram realizadas palestras sobre matrizes religiosas do ocidente e sobre as religiões de matriz africanas no Brasil. O professor Luís Geraldo Xavier, do Colégio Leonardo da Vinci, abordou aspectos do “Espiritismo”. Já o professor Vinícius Augusto, da Escola Estadual Nossa Senhora da Piedade, falou sobre o “Cristianismo”. Para falar sobre a “Unbandonblé”, foi convidado o professor João Alfredo Costa, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Por último, o professor Guilherme Gonçalves esclareceu pontos importantes sobre a “Umbanda”.

O Simpósio reuniu cerca de 120 alunos de todas as licenciaturas presenciais e EaD e de outros cursos como Psicologia, Direito e Ciências Contábeis. Além disso, participaram egressos e professores da educação básica. De acordo com o professor Marcos Rassi, coordenador dos cursos de História e Pedagogia, esta edição do Simpósio foi uma das mais ricas, com temáticas interdisciplinares, emergentes, que interessam não só a educadores, mas a qualquer pessoa. "A questão da diversidade está colocada irreversivelmente para todos nós (...) e as possibilidades ecumênicas devem ser objeto, cada vez mais presente no contexto da educação, por isso, o UNIPAM ganha muito com o nível desta edição", finaliza.

https://patosagora.net/noticia/simposio-de-educacao-cultura-e-filosofia-abre-espaco-para-o-dialogo-sobre-educacao-diversidade-e-religiao