segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Francis Bacon - O Filósofo do Empirismo


No dia 22 de janeiro de 1561 nascia em Londres, Francis Bacon. Filósofo e político.

Filho de uma família abastada, chegou a ocupar cargos de relevância no reinado de Jaime I. Consultor legal da coroa, procurador-geral (1607), fiscal geral (1613), guarda do selo (1617) e chanceler (1618). Obteve os títulos de Barão de Verlome e Visconde de Santo Albano. Estudou direito e frequentou a Câmara dos Comuns por duas décadas.

Teve a carreira política encerrada em 1621 quando foi acusado de corrupção e condenado a pagamento de multa pesada e perdeu os direitos políticos. 

O filósofo é um dos pensadores da idade moderna, que recusa o critério da autoridade e da revelação predominante no final da idade média. Paralelamente ao seu trabalho político desenvolvia a sua obra.

Bacon afirma que só a experiência garante a verdade e que a finalidade da ciência é a sua aplicação prática.

O pensador elaborou uma grande obra dividida em seis partes. Contudo, nem todas chegaram a ser concluídas. O título "Instauratio Magna". 

Em "De Augmentis Scientiarum" (Divisões da Ciência), o inglês fala sobre a finalidade do saber científico.

A sua obra "Novum Organum" (Novo Instrumento) é uma oposição ao "Órganon", de Aristóteles. Refletindo o Espírito do período, Bacon destaca a importância da indução no processo da descoberta. É bastante original o seu pensamento sobre os ídola, ou "ídolos, idéias falsas, preconceitos', tudo que nos pode induzir ao erro. 
Esses quatro "Ídolos" são:

* Tomarmos como verdadeiros tudo o que os SENTIDOS nos apresentam.
* Aceitar como verdade tudo o que nos foi passado pela EDUCAÇÃO.
* Confiar demais no PRESTÍGIO e na AUTORIDADE de quem afirma alguma coisa.
* Entender equivocadamente os SENTIDOS DAS PALAVRAS e das EXPRESSÕES DA LINGUAGEM.

Nesse contexto, os preconceitos (sentido moral) embora dificultem o cnhecimento da verdade, não representam um obstáculo intransponível.  O empirismo se coloca assim como um posicionamento crítico em relação ao racionalismo.

Francis Bacon também foi um dos mais conhecidos e influentes rosacruzes e um alquimista, tendo ocupado o posto mais elevado da Ordem Rosacruz, o de Imperator. Estudiosos apontam Bacon como o verdadeiro autor dos famosos manifestos rosacruzes, Fama Fraternitatis (1614), Confessio Fraternitatis (1615) e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz (1616). 

Fontes:
Temas de Filosofia. Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Martins, Maria Helena Pires. Ed. Rev. São Paulo. Moderna, 2005. 
Fundamentos Filosóficos da Educação. Vasconcelos, José Antônio. Curitiba: Intersaberes, 2012.
História da Filosofia Moderna. Ferreira, Fábio L. Curitiba: Intersaberes, 2015.
http://www.filosofia.com.br/biografias.php#

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