terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Obesidade entre adolescentes: especialista explica a importância da atividade física

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Os dados são alarmantes. O número de crianças e adolescentes obesos aumentou dez vezes em 40 anos. O grupo de indivíduos entre 5 e 19 anos que estão acima do peso saltou de 11 milhões na década de 70 para 124 milhões em 2016. Esta foi a faixa etária que registrou maior avanço no excesso de peso.

Por aqui, 8,4% dos brasileiros de 12 a 17 anos estão obesos. Somando-se à fatia de 17,1% dos adolescentes que têm apenas sobrepeso, conclui-se que o país tem 25,5% de seus jovens pesando mais do que deveriam.

Pesquisadores ressaltam que a atividade física pode ter impacto direto na obesidade do adolescente. Além de fatores genéticos e individuais, fatores ambientais têm grande influência no problema. Especificamente nesta idade, o grande aporte de calorias e a baixa quantidade de exercícios, ou seja, o erro alimentar e o sedentarismo, são os principais responsáveis por grande parte dos casos.

É consenso entre os especialistas que a mudança de estilo de vida é o principal meio para a redução e o controle do peso. Neste cenário, o estímulo à atividade física tem importância fundamental. Thiago Fernandes, professor da academia sustentável Ecofit Club e especialista no trabalho com este público, concorda.

“A atividade física regular favorece desde o crescimento saudável até o rendimento escolar, abrangendo a saúde física e a mental”, afirma o profissional. Nesta faixa etária, os exercícios podem ser feitos diariamente ou, no mínimo, três vezes por semana, sempre entre 45 minutos e uma hora e com acompanhamento de um profissional.

A Ecofit Club apresenta uma programação completa voltada exclusivamente para esta idade, com modalidades variadas, como danças, lutas, esportes aquáticos e de quadra. A academia divide os alunos em dois grupos (10 a 13 e 14 a 16 anos) para trabalhar as particularidades de cada faixa etária. 

Segundo Fernandes, a ida periódica dos adolescentes à academia contribui, também, para o desenvolvimento social, despertando sentimentos como cooperação, união, disciplina, respeito e responsabilidade. “É nosso papel fazer com que eles parem de deixar a atividade física para segundo plano e de reconhecer como principais distrações os computadores, vídeo games e celulares”.

Dados – Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2022 haverá no mundo mais crianças e adolescentes com obesidade do que abaixo do peso. Hoje, cerca de 10% dos jovens brasileiros acima do peso sofrem de hipertensão, sendo que quase um quinto deles poderia não ter esse problema caso não fossem obesos.

A obesidade pode ocasionar aos adolescentes aumento no colesterol, pressão alta, diabete, problemas ortopédicos, baixa autoestima e até depressão. Além disso, há uma série de consequências na vida adulta, como uma maior probabilidade de encarar doenças como acidente vascular cerebral, infarto precoce e alguns tipos de câncer, além de menor expectativa de vida.

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