sexta-feira, 12 de julho de 2019

A alma segundo o Atomismo de Demócrito

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Demócrito (sites.google)

     Demócrito nasce por volta de 460 a. C. em Abdera, cidade situada no litoral mediterrâneo entre as cidades da Trácia e da Macedônia. Tendo vivido, provavelmente até o ano de 370 a. C., este junto com Leucipo são os principais nomes da escola atomista. Eles defendem que o nascimento das coisas é apenas uma agregação de elementos que já existem. Esses elementos são chamados átomos. A morte é apenas a desagregação dos átomos.

     Para os seguidores desta escola, tudo o que existe é constituído por átomos e pelo vazio, que era o espaço entre os átomos. Os átomos constituem o que é, e o vazio o que não é.

     O filósofo alemão Friedrich Nietzsche em "O nascimento da filosofia na época da tragédia grega"¹, nos apresenta o que pensa Demócrito em relação à alma:

"...A essência da alma reside em sua força animadora, é esta que move os seres animados. O pensamento é um movimento. A alma deve pois, ser feita da materia mais móvel, de átomos sutis, lisos e arredondados (de fogo). Essas partículas de fogo estão espalhadas por todo o corpo; entre todos os átomos corporais se intercala um átomo de alma. Estes se movem perpetuamente. Por causa de sua sutileza e de sua mobilidade arriscam-se a serem arrancados do corpo pelo ar cincundante. É disso que nos preserva a respiração, que nos ttraz constantemente de fora novos átomos de fogo e de alma para substituir os átomos desaparecidos e que prende no interior do corpo aqueles que queriam escapar. Se a respiração cessa, o fogo iterior escapa. Deste processo, resulta a morte".

     Demócrito entende que a percepção e o pensamento são modificações mecânicas da matéria da alma.

     Nós, seres viventes no século XXI, devemos agradecer imensamente ao trabalho excepcional desenvolvido por este pensador. Quantos saltos no conhecimento deu o homem na terra, quando auxiliado por esta epistemologia? Quanto desenvolvimento e tecnoligias amparadas nesta base de estudos?

     Sim, entretanto algumas ressalvas nós temos a obrigação de apontar, sob pena de incorrermos em alguns erros primários. Focalizaremos no próximo texto.





1 - Friedrich Nietzsche. A filosofia na época trágica dos gregos In Os Pensadores, volume “Os Pré-socráticos”. Trad. Rubens Torres Filho. São Paulo, Ed. Abril S.A, 1973.



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