quinta-feira, 18 de julho de 2019

A Revolução Científica de Thomas Kuhn

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Precisamente em 18 de julho de 1922, nascia em Cincinatti, estado de Ohio, EUA, Thomas Samuel Kuhn¹. Vive a infância e a adolescência em uma família judaica não-praticante. Filho do engenheiro industrial Samuel L. Kuhn e a revisora de textos Minette Stroock Kuhn.

Ingressou na Universidade de Harvard, onde fez curso de física. Desta faculdade, recebeu o título de mestre e doutor. Se tornou um estudioso primordial no ramo da filosofia da ciência. Foi importante na medida em que estabeleceu teorias que desconstruíam o paradigma objetivista da ciência.

Os trabalhos acadêmicos de Kuhn resultaram no livro “A Revolução Copernicana”, de 1954. Mas foi no livro "Estruturas da Revolução Científica” (1962), que Kuhn estabeleceu suas ligações com a filosofia e as ciências humanas. O livro foi reeditado em 1970 com algumas observações adicionais.
As ideias de Thomas Kuhn seguiam na contramão do pensamento científico, de ordem positivista. O próprio físico admitiu certa vez que não comungava do pragmatismo exacerbado das ciências, nem tinha simpatia por pensadores como John Dewey e William James.
Para Kuhn, a ciência progride pela tradição intelectual representada pelo paradigma - a visão de mundo assumida pla comunidade científica - que fornece problemas e soluções exemplares para a pesquisa futura².
Se Gaston Bachelard definiu a nova visão científica como uma ruptura epistemológica, Kuhn classifica de Revolução Científica³. Tal foto ocorre quando o pesquisador descobre novos paradigmas para explicar um fenômeno ou um fato que os paradigmas anteriores ainda não haviam explicado.
O grande mérito de Thomas Kuhn foi apontar o caráter subjetivista da ciência, normalmente vista como puramente objetiva. Segundo ele, as teorias científicas estão sujeitas às questões e debates do meio social, dos interesses e das comunidades que as formulam. Por isso, Kuhn desenvolveu suas teorias usando um enfoque historicista. A ciência não tem uma linearidade contínua e progressiva, mas sim revoluções significativas de paradigmas.

Em determinados momentos, os paradigmas se alteram, provocando uma revolução que abre caminho para um novo tipo de desenvolvimento científico. Foi o que se deu, por exemplo, na passagem da física antiga à física moderna, ou ainda na passagem da física clássica (moderna) à física quântica4.
Thomas Kuhn faleceu em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos, no dia 17 de junho de 1996.
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2 - Aranha, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia/Maria Lúcia de Arruda Aranha, Maria Helena Pires Martins. - 3. ed. revista - São Paulo: Moderna, 2003.
3 - Chinazo, Suzana Salete Raymundo. Epistemologia das ciências sociais - Curitiba: Intersaberes, 2013.

4 - Cotrim, Gilberto eMirna Fernandes. Conecte Filosofar. Terceira Parte. São Paulo-SP: Editora Saraiva, 2011.

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